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A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br

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1. Com duas asas se levanta o homem acima das coisas terrenas:<<strong>br</strong> />

simplicida<strong>de</strong> e pureza. A simplicida<strong>de</strong> há <strong>de</strong> estar na intenção<<strong>br</strong> />

e a pureza no afeto. A simplicida<strong>de</strong> procura a Deus, a pureza o<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>aça e frui. Em nenhuma boa o<strong>br</strong>a acharás estorvo, se<<strong>br</strong> />

estiveres interiormente livre <strong>de</strong> todo afeto <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado. Se só<<strong>br</strong> />

queres e buscas o agrado <strong>de</strong> Deus e o proveito do próximo,<<strong>br</strong> />

gozarás <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> interior. Se teu coração for reto, toda<<strong>br</strong> />

criatura te será um espelho <strong>de</strong> vida e um livro <strong>de</strong> santas<<strong>br</strong> />

doutrinas. Não há criatura tão pequena e vil, que não<<strong>br</strong> />

represente a bonda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus.<<strong>br</strong> />

2. Se fosses interiormente bom e puro, logo verias tudo sem<<strong>br</strong> />

dificulda<strong>de</strong> e <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>rias bem. O coração puro penetra<<strong>br</strong> />

o céu e o inferno. Cada um julga segundo seu interior. Se há alegria<<strong>br</strong> />

neste mundo, é o coração puro que a goza; se há, em alguma parte,<<strong>br</strong> />

tribulação e angústia, é a má consciência que as experimenta. Como<<strong>br</strong> />

o ferro metido no fogo per<strong>de</strong> a ferrugem e se faz todo incan<strong>de</strong>scente,<<strong>br</strong> />

assim o homem que se entrega inteiramente a Deus fica livre da<<strong>br</strong> />

tibieza e transforma-se em novo homem.<<strong>br</strong> />

3. Quando o homem <strong>com</strong>eça a entibiar, logo teme o menor trabalho<<strong>br</strong> />

e anseia as consolações exteriores. Quando, porém, <strong>com</strong>eça <strong>de</strong>veras<<strong>br</strong> />

a vencer-se e andar <strong>com</strong> ânimo no caminho <strong>de</strong> Deus, leves lhe<<strong>br</strong> />

parecem as coisas que antes achava onerosas.<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO 5<<strong>br</strong> />

Da consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> si mesmo<<strong>br</strong> />

1. Não po<strong>de</strong>mos confiar muito em nós, porque freqüentemente nos<<strong>br</strong> />

faltam a graça e o critério. Pouca luz temos em nós e esta facilmente<<strong>br</strong> />

a per<strong>de</strong>mos por negligência. De ordinário também não avaliamos<<strong>br</strong> />

quanta é nossa cegueira interior. A miúdo proce<strong>de</strong>mos mal e nos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sculpamos, o que é pior. Às vezes nos move a paixão, e pensamos<<strong>br</strong> />

que é zelo. Repreen<strong>de</strong>mos nos outros as faltas leves, e nos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scuidamos das nossas maiores. Bem <strong>de</strong>pressa sentimos e<<strong>br</strong> />

pon<strong>de</strong>ramos<<strong>br</strong> />

o que dos outros sofremos, mas não se nos dá do que os outros<<strong>br</strong> />

sofrem <strong>de</strong> nós. Quem bem e retamente avaliasse suas o<strong>br</strong>as não<<strong>br</strong> />

seria capaz <strong>de</strong> julgar os outros <strong>com</strong> rigor.<<strong>br</strong> />

1. O homem interior antepõe o cuidado <strong>de</strong> si a todos os outros<<strong>br</strong> />

cuidados, e quem se ocupa <strong>de</strong> si <strong>com</strong> diligência facilmente<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> falar dos outros. Nunca serás homem espiritual e

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