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A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br

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3. Ai! Que, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> curto recolhimento, logo nos dissipamos,<<strong>br</strong> />

sem pon<strong>de</strong>rar nossas ações em rigoroso exame. Não<<strong>br</strong> />

reparamos para on<strong>de</strong> se inclinam nossos afetos, nem<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ploramos quão <strong>de</strong>feituoso é tudo em nós. Por ter corrompido<<strong>br</strong> />

toda a carne o seu caminho (Gên 6,12), veio o gran<strong>de</strong> dilúvio.<<strong>br</strong> />

Estando, pois, corrompido o nosso afeto interior, forçosamente<<strong>br</strong> />

se há <strong>de</strong> corromper a ação que <strong>de</strong>le se segue, patenteando bem<<strong>br</strong> />

a fraqueza interior. Só do coração puro proce<strong>de</strong> o fruto da boa<<strong>br</strong> />

vida.<<strong>br</strong> />

4. Muitos indagam quanto fez uma pessoa, mas <strong>de</strong> quanta<<strong>br</strong> />

virtu<strong>de</strong> foi animada nem tanto se cura. Com diligência<<strong>br</strong> />

investigam se alguém é forte, rico, formoso, hábil, bom<<strong>br</strong> />

escritor, bom cantor, bom artista; mas quão po<strong>br</strong>e seja <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

espírito, quão paciente e manso, quão piedoso e espiritual,<<strong>br</strong> />

disso não se faz caso. A natureza só consi<strong>de</strong>ra o exterior do<<strong>br</strong> />

homem, mas a graça olha o interior. Aquela muitas vezes se<<strong>br</strong> />

engana, esta espera em Deus, para não ser iludida.<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO 32<<strong>br</strong> />

Da abnegação <strong>de</strong> si mesmo e abdicação <strong>de</strong> toda cobiça<<strong>br</strong> />

1. Jesus: Filho, não po<strong>de</strong>s gozar perfeita liberda<strong>de</strong>, enquanto não<<strong>br</strong> />

renunciares inteiramente a ti mesmo. Em escravidão vivem<<strong>br</strong> />

todos os ricos e egoístas, os cobiçosos, curiosos, que gostam<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> vaguear, buscando sempre as <strong>de</strong>lícias dos sentidos e não as<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Jesus <strong>Cristo</strong>, mas só imaginam o que não po<strong>de</strong> permanecer<<strong>br</strong> />

e só disso cogitam. Pois tudo que não vem <strong>de</strong> Deus perecerá.<<strong>br</strong> />

Conserva em teu coração esta <strong>br</strong>eve e profunda sentença:<<strong>br</strong> />

Deixa tudo, e terás sossego. Pon<strong>de</strong>ra isto, e, quando o<<strong>br</strong> />

praticares, tudo enten<strong>de</strong>rás.<<strong>br</strong> />

2. A alma: Senhor, isto não é o<strong>br</strong>a <strong>de</strong> um dia, nem <strong>br</strong>inca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

criança, antes nesta <strong>br</strong>eve palavra se <strong>com</strong>pendia toda a<<strong>br</strong> />

perfeição religiosa.<<strong>br</strong> />

3. Jesus: Filho, não <strong>de</strong>ves recear, nem logo <strong>de</strong>sanimar, ouvindo<<strong>br</strong> />

falar do caminho dos perfeitos, mas antes esforça-te por um<<strong>br</strong> />

estado mais perfeito, ou pelo menos almeja-o ar<strong>de</strong>ntemente.<<strong>br</strong> />

Oxalá fosses assim e tivesses chegado a tanto, que não te<<strong>br</strong> />

amasses a ti mesmo, mas estivesses inteiramente resignado à<<strong>br</strong> />

minha vonta<strong>de</strong> e à daquele que te <strong>de</strong>i por diretor. Muito me<<strong>br</strong> />

agradarias, então, e toda a tua vida passaria em paz e alegria.<<strong>br</strong> />

Ainda tens que <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>r-te <strong>de</strong> muitas coisas, e se não mas<<strong>br</strong> />

entregares inteiramente, não alcançarás o que me pe<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

"Aconselho-te que me <strong>com</strong>pres o ouro acrisolado, para te

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