A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2. <strong>de</strong> alcançar a <strong>de</strong>voção, porque o Senhor dá a sua bênção<<strong>br</strong> />
on<strong>de</strong> encontra o coração vazio. E quanto mais<<strong>br</strong> />
perfeitamente alguém renuncia às coisas terrenas e<<strong>br</strong> />
morre a si pelo <strong>de</strong>sprezo <strong>de</strong> si mesmo, tanto mais<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>pressa lhe advém a graça, mais copiosamente se lhe<<strong>br</strong> />
infun<strong>de</strong> e mais alto lhe ergue o coração livre.<<strong>br</strong> />
3. Então verá, terá alegria abundante e estará maravilhoso; o<<strong>br</strong> />
coração se lhe dilatará, porque a mão do Senhor está <strong>com</strong> ele<<strong>br</strong> />
(Is 60,5), e em suas mãos ele inteiramente se entregou para<<strong>br</strong> />
sempre. Eis <strong>com</strong>o será abençoado o homem que busca a Deus<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> todo o seu coração, e não <strong>de</strong>ixa sua alma se apegar às<<strong>br</strong> />
vaida<strong>de</strong>s (Sl 23,5). Esse é que na recepção da sagrada<<strong>br</strong> />
Eucaristia merece a graça inefável da união <strong>com</strong> Deus, porque<<strong>br</strong> />
não olha para a sua <strong>de</strong>voção e consolação, mas, so<strong>br</strong>etudo<<strong>br</strong> />
busca a honra e glória <strong>de</strong> Deus.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 16<<strong>br</strong> />
Como <strong>de</strong>vemos <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>ir nossas necessida<strong>de</strong>s a <strong>Cristo</strong> e pedir sua<<strong>br</strong> />
graça<<strong>br</strong> />
Voz do discípulo<<strong>br</strong> />
1. Ó dulcíssimo e amabilíssimo Senhor, a quem <strong>de</strong>sejo agora<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>votamente receber, vós conheceis minha fraqueza e a<<strong>br</strong> />
necessida<strong>de</strong> que sofro; sabeis em quantos males e vícios estou<<strong>br</strong> />
emaranhado, quantas vezes estou oprimido, tentado,<<strong>br</strong> />
perturbado e manchado! A vós peço consolação e alívio.<<strong>br</strong> />
Convosco falo, meu Deus, que sabeis todas as coisas e a quem<<strong>br</strong> />
são manifestos todos os segredos do meu coração; vós sois o<<strong>br</strong> />
único que me po<strong>de</strong> perfeitamente consolar e socorrer. Sabeis<<strong>br</strong> />
os bens <strong>de</strong> que mais necessito e quão po<strong>br</strong>e sou em virtu<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />
2. Eis-me aqui, diante <strong>de</strong> vós, po<strong>br</strong>e e nu, a pedir graça e<<strong>br</strong> />
implorar misericórdia. Fartai este vosso po<strong>br</strong>e mendigo,<<strong>br</strong> />
aquecei minha frieza <strong>com</strong> o fogo <strong>de</strong> vosso amor, iluminai<<strong>br</strong> />
minha cegueira <strong>com</strong> a clarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vossa presença. Fazei que<<strong>br</strong> />
me seja amargo tudo o que é terreno, que leve <strong>com</strong> paciência<<strong>br</strong> />
as penas e contrarieda<strong>de</strong>s, e que <strong>de</strong>spreze e esqueça todas as<<strong>br</strong> />
coisas caducas e criadas. Levantai o meu coração a vós no<<strong>br</strong> />
céu, não me <strong>de</strong>ixeis vaguear na terra. Só vós, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> hoje para<<strong>br</strong> />
sempre, me sereis doce e agradável, porque só vós sois minha<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>ida e bebida, meu amor e minha alegria, <strong>de</strong>lícia minha e<<strong>br</strong> />
meu único bem.