A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
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sua freqüente tristeza, quando <strong>de</strong>les se abstém, e fácil<<strong>br</strong> />
irritação, quando alguém o contraria.<<strong>br</strong> />
2. Se, porém, alcança o que <strong>de</strong>sejava, sente logo o remorso da<<strong>br</strong> />
consciência, porque obe<strong>de</strong>ceu à sua paixão, que nada vale<<strong>br</strong> />
para alcançar a paz que almejava. Em resistir, pois, às<<strong>br</strong> />
paixões, se acha a verda<strong>de</strong>ira paz do coração, e não em seguilas.<<strong>br</strong> />
Não há, portanto, paz no coração do homem carnal, nem<<strong>br</strong> />
no do homem entregue às coisas exteriores, mas somente no<<strong>br</strong> />
daquele que é fervoroso e espiritual.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 7<<strong>br</strong> />
Como se <strong>de</strong>ve fugir à vã esperança e presunção<<strong>br</strong> />
1. Insensato é quem põe sua esperança nos homens ou nas<<strong>br</strong> />
criaturas. Nào te envergonhes <strong>de</strong> servir a outrem por Jesus<<strong>br</strong> />
<strong>Cristo</strong>, e ser tido <strong>com</strong>o po<strong>br</strong>e neste mundo. Não confies em ti<<strong>br</strong> />
mesmo, mas põe em Deus tua esperança. Faze <strong>de</strong> tua parte o<<strong>br</strong> />
que pu<strong>de</strong>res, e Deus ajudará tua boa vonta<strong>de</strong>. Não confies em<<strong>br</strong> />
tua ciência, nem na sagacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer vivente, mas antes<<strong>br</strong> />
na graça <strong>de</strong> Deus, que ajuda os humil<strong>de</strong>s e abate os<<strong>br</strong> />
presunçosos.<<strong>br</strong> />
2. Se tens riquezas, não te glories <strong>de</strong>las, nem dos amigos, por<<strong>br</strong> />
serem po<strong>de</strong>rosos, senão em Deus, que dá tudo, além <strong>de</strong> tudo,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>seja dar-se a si mesmo. Não te <strong>de</strong>svaneças <strong>com</strong> a airosida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ou formosura <strong>de</strong> teu corpo, que <strong>com</strong> pequena enfermida<strong>de</strong> se<<strong>br</strong> />
que<strong>br</strong>anta e <strong>de</strong>sfigura. Não te orgulhes <strong>de</strong> tua habilida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
teu talento, para que não <strong>de</strong>sagra<strong>de</strong>s a Deus, <strong>de</strong> quem é todo<<strong>br</strong> />
bem natural que tiveres.<<strong>br</strong> />
3. Não te reputes melhor que os outros para não seres<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>rado pior por Deus, que conhece tudo que há no<<strong>br</strong> />
homem. Não te ensoberbeças pelas boas o<strong>br</strong>as, porque os<<strong>br</strong> />
juízos dos homens são muito diferentes dos <strong>de</strong> Deus, a quem<<strong>br</strong> />
não raro <strong>de</strong>sagrada o que aos homens apraz. Se em ti houver<<strong>br</strong> />
algum bem, pensa que ainda melhores são os outros, para<<strong>br</strong> />
assim te conservares na humilda<strong>de</strong>. Nenhum mal te fará se te<<strong>br</strong> />
julgares inferior a todos; muito, porém, se a qualquer pessoa<<strong>br</strong> />
te preferires. De contínua paz goza o humil<strong>de</strong>; no coração do<<strong>br</strong> />
soberbo, porém, reinam inveja e iras sem conta.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 8<<strong>br</strong> />
Como se <strong>de</strong>ve evitar a excessiva familiarida<strong>de</strong>