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A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br

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Dos exemplos dos Santos Padres<<strong>br</strong> />

1. Contempla os salutares exemplos dos Santos Padres, nos<<strong>br</strong> />

quais <strong>br</strong>ilhou a verda<strong>de</strong>ira perfeição religiosa, e verás quão<<strong>br</strong> />

pouco ou quase nada é o que fazemos. Ah! Que é a nossa vida<<strong>br</strong> />

em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> a <strong>de</strong>les? Os santos e amigos <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong><<strong>br</strong> />

serviram ao Senhor em fome e se<strong>de</strong>, em frio e nu<strong>de</strong>z, em<<strong>br</strong> />

trabalho e fadiga, em vigílias e jejuns, em orações e santas<<strong>br</strong> />

meditações, em perseguições e muitos opró<strong>br</strong>ios.<<strong>br</strong> />

2. Oh! Quantas e quão graves tribulações sofreram os apóstolos,<<strong>br</strong> />

os mártires, os confessores, as virgens e todos quantos<<strong>br</strong> />

quiseram seguir as pisadas <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>! Odiaram suas almas<<strong>br</strong> />

neste mundo, para possuí-las eternamente no outro. Oh! Que<<strong>br</strong> />

vidas austeras e mortificadas levaram os Santos Padres no<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>serto! Que contínuas e graves tentações suportaram!<<strong>br</strong> />

Quantas vezes foram atormentados pelo inimigo! Quantas<<strong>br</strong> />

orações fervorosas ofereceram a Deus! Que rigorosas<<strong>br</strong> />

abstinências praticaram! Que zelo e fervor tiveram em seu<<strong>br</strong> />

adiantamento espiritual! Que guerra fizeram para subjugar os<<strong>br</strong> />

vícios! Com que pura e reta intenção buscaram a Deus!<<strong>br</strong> />

Durante o dia trabalhavam e passavam as noites em orações<<strong>br</strong> />

ainda que trabalhando não interrompessem um momento a<<strong>br</strong> />

oração mental.<<strong>br</strong> />

3. Todo o tempo era empregado utilmente; toda hora lhes parecia<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>eve convivida <strong>com</strong> Deus; e pela gran<strong>de</strong> doçura das<<strong>br</strong> />

contemplações se esqueciam até da necessária refeição do<<strong>br</strong> />

corpo. Renunciavam a todas as riquezas, dignida<strong>de</strong>s, honras,<<strong>br</strong> />

amigos e parentes; nada queriam do mundo; apenas tomavam<<strong>br</strong> />

o indispensável para a vida e só <strong>com</strong> pesar satisfaziam as<<strong>br</strong> />

exigências da natureza. Assim eram po<strong>br</strong>es nos bens terrenos,<<strong>br</strong> />

mas muito ricos <strong>de</strong> graças e virtu<strong>de</strong>s. Exteriormente lhes<<strong>br</strong> />

faltava tudo; interiormente, porém, se <strong>de</strong>liciavam <strong>com</strong> graças e<<strong>br</strong> />

consolações divinas.<<strong>br</strong> />

4. Ao mundo eram estranhos, mas íntimos e familiares amigos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Deus. A si mesmos tinham em conta <strong>de</strong> nada, e o mundo os<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sprezava; mas eram preciosos e queridos aos olhos <strong>de</strong> Deus.<<strong>br</strong> />

Mantinham-se na verda<strong>de</strong>ira humilda<strong>de</strong>, viviam em singela<<strong>br</strong> />

obediência, andavam em carida<strong>de</strong> e paciência; assim cada dia<<strong>br</strong> />

faziam progresso na vida espiritual e mais a Deus agradavam.<<strong>br</strong> />

Esses foram dados por mo<strong>de</strong>los a todos os religiosos, e mais<<strong>br</strong> />

nos <strong>de</strong>vem estimular ao progresso espiritual, do que a<<strong>br</strong> />

multidão dos tíbios ao esmorecimento.<<strong>br</strong> />

5. Oh! Quanto foi o fervor <strong>de</strong> todos os religiosos, nos primeiros<<strong>br</strong> />

tempos <strong>de</strong> seus santos institutos! Quanta pieda<strong>de</strong> na oração!

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