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A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br

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grau <strong>de</strong> contemplação; mas às vezes te é necessário, por causa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tua natureza viciada, <strong>de</strong>scer a coisas humil<strong>de</strong>s e carregar,<<strong>br</strong> />

em que te pese, o fardo <strong>de</strong>sta vida corruptível. Enquanto<<strong>br</strong> />

viveres neste corpo mortal, sentirás tédio e angústias do<<strong>br</strong> />

coração. Convém, pois, que na carne gemas muitas vezes<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>baixo do seu peso, porque não po<strong>de</strong>s ocupar-te dos<<strong>br</strong> />

exercícios espirituais e da contemplação das coisas divinas,<<strong>br</strong> />

sem interrupção.<<strong>br</strong> />

2. Então te convém recorrer a humil<strong>de</strong>s ocupações exteriores e<<strong>br</strong> />

recrear-te nas boas o<strong>br</strong>as; esperar, <strong>com</strong> firme confiança,<<strong>br</strong> />

minha vinda e visita celestial; levar <strong>com</strong> paciência o teu<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sterro e secura <strong>de</strong> espírito, até que <strong>de</strong> novo venha a visitarte<<strong>br</strong> />

e te livre <strong>de</strong> todas as penas. Porque eu te farei esquecer os<<strong>br</strong> />

trabalhos e gozar do sossego interior. A<strong>br</strong>ir-te-ei o jardim<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>licioso das Sagradas Escrituras, para que, <strong>com</strong> o coração<<strong>br</strong> />

dilatado, <strong>com</strong>eces a correr pelo caminho dos meus<<strong>br</strong> />

mandamentos. E então dirás: Não têm proporção as penas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sta vida <strong>com</strong> a futura glória que se nos há <strong>de</strong> revelar (Rom<<strong>br</strong> />

8,18).<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO 52<<strong>br</strong> />

Que o homem se não repute digno <strong>de</strong> consolação, mas merecedor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

castigo<<strong>br</strong> />

1. A alma: Senhor, eu não sou digno da vossa consolação, nem<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> visita alguma espiritual, e por isso me tratais <strong>com</strong> justiça,<<strong>br</strong> />

quando me <strong>de</strong>ixais po<strong>br</strong>e e <strong>de</strong>sconsolado. Porque, mesmo que<<strong>br</strong> />

pu<strong>de</strong>sse <strong>de</strong>rramar um mar <strong>de</strong> lágrimas, ainda assim não seria<<strong>br</strong> />

digno <strong>de</strong> vossa consolação. Outra coisa não mereço, pois,<<strong>br</strong> />

senão ser flagelado e punido por tantas ofensas e tão graves<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>litos que <strong>com</strong>eti. Assim, portanto bem consi<strong>de</strong>rado tudo, não<<strong>br</strong> />

sou digno nem da menor consolação. Vós, porém, Deus<<strong>br</strong> />

clemente e misericordioso, que não quereis que pereçam<<strong>br</strong> />

vossas o<strong>br</strong>as, para manifestar as riquezas <strong>de</strong> vossa bonda<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

nos vasos <strong>de</strong> misericórdia, vos dignais <strong>de</strong> consolar vosso servo,<<strong>br</strong> />

sem merecimento algum, <strong>de</strong> todo so<strong>br</strong>e-humano. Porque<<strong>br</strong> />

vossas consolações não são <strong>com</strong>o as consolações humanas.<<strong>br</strong> />

2. Que fiz eu, Senhor, para que me désseis alguma consolação<<strong>br</strong> />

celestial? Não me lem<strong>br</strong>a ter feito bem algum, mas antes fui<<strong>br</strong> />

sempre inclinado a pecados, e tardio na emenda. É esta a<<strong>br</strong> />

verda<strong>de</strong>, não há negá-lo. Se dissesse outra coisa, vós estaríeis

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