A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
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morte nem inferno. Contanto que não me rejeiteis<<strong>br</strong> />
eternamente, não me fará mal qualquer tribulação que me<<strong>br</strong> />
so<strong>br</strong>evenha.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 18<<strong>br</strong> />
Como, a exemplo <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>, se hão <strong>de</strong> sofrer <strong>com</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ânimo as misérias temporais<<strong>br</strong> />
1. Jesus: Filho, <strong>de</strong>sci do céu para tua salvação; tomei tuas<<strong>br</strong> />
misérias, não levado pela necessida<strong>de</strong>, mas pelo amor, para<<strong>br</strong> />
ensinar-te a paciência e a suportar <strong>com</strong> resignação as misérias<<strong>br</strong> />
temporais. Porque, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a hora do meu nascimento até à<<strong>br</strong> />
morte na cruz, nunca estive um instante sem sofrer. Pa<strong>de</strong>ci<<strong>br</strong> />
gran<strong>de</strong> penúria dos bens terrestres: ouvi muitas vezes gran<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />
queixas <strong>de</strong> mim; sofri <strong>com</strong> <strong>br</strong>andura injúrias e opró<strong>br</strong>ios;<<strong>br</strong> />
recebi, pelos benefícios, ingratidões, pelos milagres,<<strong>br</strong> />
blasfêmias, pela doutrina, repreensões.<<strong>br</strong> />
2. A alma: Senhor, já que fostes tão paciente em vossa vida,<<strong>br</strong> />
cumprindo nisso principalmente a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> vosso Pai, justo<<strong>br</strong> />
é que eu, mísero pecador, me sofra a mim <strong>com</strong> paciência,<<strong>br</strong> />
conforme quereis, e suporte por minha salvação o fardo <strong>de</strong>sta<<strong>br</strong> />
vida corruptível. Porque, se bem que a vida presente seja<<strong>br</strong> />
pesada, torna-se, contudo, <strong>com</strong> a vossa graça, muito meritória<<strong>br</strong> />
e, <strong>com</strong> vosso exemplo e o <strong>de</strong> vossos santos, mais tolerável e<<strong>br</strong> />
leve para os fracos. É também muito mais consolada do que<<strong>br</strong> />
outrora, na lei antiga, quando a porta do céu estava fechada, e<<strong>br</strong> />
bem poucos tratavam <strong>de</strong> buscar o reino dos céus. Nem os<<strong>br</strong> />
justos sequer e pre<strong>de</strong>stinados podiam entrar no reino celeste<<strong>br</strong> />
antes da vossa paixão e resgate da vossa sagrada morte.<<strong>br</strong> />
3. Oh! Quantas graças vos <strong>de</strong>vo ren<strong>de</strong>r, por vos ter<strong>de</strong>s dignado<<strong>br</strong> />
mostrar a mim e a todos os fiéis o caminho direito e seguro<<strong>br</strong> />
para vosso reino eterno! Porque vossa vida é o nosso caminho<<strong>br</strong> />
e pela santa paciência caminhamos para vós, que sois nossa<<strong>br</strong> />
coroa. Sem vosso exemplo e ensino, quem cuidaria <strong>de</strong> vos<<strong>br</strong> />
seguir? Ah! Quantos ficariam atrás, bem longe, se não vissem<<strong>br</strong> />
vossos luminosos exemplos! E se ainda andamos tíbios, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
tantos prodígios e ensinamentos, que seria se não tivéssemos<<strong>br</strong> />
tantas luzes para vos seguir?<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 19<<strong>br</strong> />
Do sofrimento das injúrias e quem é provado verda<strong>de</strong>iro paciente