A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
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mundo e procuram viver para Deus, em santa disciplina,<<strong>br</strong> />
experimentam a doçura divina, e mais claramente conhecem<<strong>br</strong> />
os erros grosseiros do mundo e seus vários enganos.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 21<<strong>br</strong> />
Como se <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>scansar em Deus so<strong>br</strong>e todos os bens e dons<<strong>br</strong> />
1. A alma: Ó minha alma, em tudo e acima <strong>de</strong> tudo <strong>de</strong>scansa<<strong>br</strong> />
sempre no Senhor, porque ele é o eterno repouso dos santos.<<strong>br</strong> />
Daí-me, ó dulcíssimo e amantíssimo Jesus, que eu <strong>de</strong>scanse<<strong>br</strong> />
em vós mais que em toda criatura; mais que na saú<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />
formosura; mais que na glória e honra, no po<strong>de</strong>r e dignida<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />
mais que em toda ciência e sutileza; mais que em todas as<<strong>br</strong> />
riquezas e artes; mais que na alegria e no divertimento; mais<<strong>br</strong> />
que na fama e no louvor; mais que nas doçuras e consolações,<<strong>br</strong> />
esperanças e promessas, <strong>de</strong>sejos e méritos; mais que em todos<<strong>br</strong> />
os dons e dádivas que me po<strong>de</strong>is dar e infundir; mais que em<<strong>br</strong> />
todo gozo e alegria que minha alma possa experimentar e<<strong>br</strong> />
sentir; finalmente, mais que nos anjos e arcanjos e todo o<<strong>br</strong> />
exército celeste; acima <strong>de</strong> todo o visível e invisível, acima,<<strong>br</strong> />
enfim, <strong>de</strong> tudo aquilo que vós, meu Deus, não sois.<<strong>br</strong> />
2. Porquanto vós, meu Deus, sois bom acima <strong>de</strong> todas as coisas.<<strong>br</strong> />
Só vós sois altíssimo, só vós po<strong>de</strong>rosíssimo, só vós<<strong>br</strong> />
suficientíssimo e pleníssimo, só vós suavíssimo e verda<strong>de</strong>iro<<strong>br</strong> />
consolador, só vós formosíssimo e amantíssimo, só vós<<strong>br</strong> />
nobilíssimo e gloriosíssimo so<strong>br</strong>e todas as coisas, em quem se<<strong>br</strong> />
olham, a um tempo e plenamente, todos os bens passados,<<strong>br</strong> />
presentes e futuros. Por isso é mesquinho e insuficiente tudo<<strong>br</strong> />
quanto fora <strong>de</strong> vós mesmo me dais, revelais ou prometeis,<<strong>br</strong> />
enquanto vos não vejo e possuo inteiramente; porque meu<<strong>br</strong> />
coração não po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scansar verda<strong>de</strong>iramente, nem estar<<strong>br</strong> />
totalmente satisfeito a não ser em vós, acima <strong>de</strong> todos os dons<<strong>br</strong> />
e <strong>de</strong> todas as criaturas.<<strong>br</strong> />
3. Ó meu Jesus, esposo diletíssimo, amante puríssimo, senhor<<strong>br</strong> />
absoluto <strong>de</strong> toda a criação, quem me <strong>de</strong>ra às asas da<<strong>br</strong> />
verda<strong>de</strong>ira liberda<strong>de</strong> para voar e repousar em vós! Oh! Quando<<strong>br</strong> />
me será concedido ocupar-me totalmente <strong>de</strong> vós e<<strong>br</strong> />
experimentar vossa doçura, Senhor meu Deus! Quando estarei<<strong>br</strong> />
tão perfeitamente recolhido em vós, que não me sinta a mim<<strong>br</strong> />
mesmo por vosso amor, mas só a vós, acima <strong>de</strong> toda sensação<<strong>br</strong> />
e medida, que nem todos conhecem! Agora, porém, não cesso