A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Que emulação nas virtu<strong>de</strong>s! Que austera disciplina vigorava<<strong>br</strong> />
então! Que respeito e obediência aos preceitos do superior<<strong>br</strong> />
reluzia em todos! Os vestígios que <strong>de</strong>ixaram ainda atestam que<<strong>br</strong> />
foram verda<strong>de</strong>iramente varões santos e perfeitos os que em tão<<strong>br</strong> />
renhidos <strong>com</strong>bates venceram o mundo. Hoje já se consi<strong>de</strong>ra<<strong>br</strong> />
gran<strong>de</strong> quem não é transgressor da regra e <strong>com</strong> paciência<<strong>br</strong> />
suporta o jugo que se impôs.<<strong>br</strong> />
6. Ó tibieza e <strong>de</strong>sleixo do nosso estado, que tão <strong>de</strong>pressa<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>clinamos do fervor primitivo, e já nos causa tédio o viver, por<<strong>br</strong> />
tanta negligência e frouxidão! Oxalá em ti não entorpeça <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
todo o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> progredir nas virtu<strong>de</strong>s, já que tantos mo<strong>de</strong>los<<strong>br</strong> />
viste <strong>de</strong> perfeição!<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 19<<strong>br</strong> />
Dos exercícios do bom religioso<<strong>br</strong> />
1. A vida do bom religioso <strong>de</strong>ve ser ornada <strong>de</strong> todas as virtu<strong>de</strong>s,<<strong>br</strong> />
para que corresponda o interior ao que por fora vêem os<<strong>br</strong> />
homens; e <strong>com</strong> razão, ainda mais perfeito <strong>de</strong>ve ser no interior<<strong>br</strong> />
do que por fora parece, pois lá penetra o olhar perscrutador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Deus, a quem <strong>de</strong>vemos suma reverência, em qualquer lugar<<strong>br</strong> />
on<strong>de</strong> estivermos, e em cuja presença <strong>de</strong>vemos andar <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
pureza Angélica. Cada dia <strong>de</strong>vemos renovar nosso propósito e<<strong>br</strong> />
exercitar-nos a maior fervor, <strong>com</strong>o se esse fosse o primeiro dia<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> nossa conversão, dizendo: Confortai-me, Senhor, meu<<strong>br</strong> />
Deus, no bom propósito e em vosso santo serviço; conce<strong>de</strong>i-me<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>eçar hoje <strong>de</strong>veras, pois nada é o que até aqui tenho feito.<<strong>br</strong> />
2. A medida da nossa resolução será nosso progresso, e gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
solicitu<strong>de</strong> exige o sério aproveitamento. Se aquele que toma<<strong>br</strong> />
enérgicas resoluções tantas vezes cai, que será daquele que as<<strong>br</strong> />
toma raramente ou menos firmemente propõe? Suce<strong>de</strong>, porém,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> vários modos <strong>de</strong>ixarmos o nosso propósito; e raras vezes<<strong>br</strong> />
passa sem dano qualquer leve omissão <strong>de</strong> nossos exercícios. O<<strong>br</strong> />
propósito dos justos mais se firma na graça <strong>de</strong> Deus, que em<<strong>br</strong> />
sua própria sabedoria; nela confiam sempre, em qualquer<<strong>br</strong> />
empreendimento. Porque o homem propõe, mas Deus dispõe, e<<strong>br</strong> />
não está na mão do homem o seu caminho (Jer 10,23).<<strong>br</strong> />
1. Quando, por motivo <strong>de</strong> pieda<strong>de</strong> ou proveito do próximo,<<strong>br</strong> />
se <strong>de</strong>ixa alguma vez o costumado exercício, fácil é<<strong>br</strong> />
reparar<<strong>br</strong> />
2. <strong>de</strong>pois essa falta; omiti-lo, porém, facilmente, por enfado<<strong>br</strong> />
ou negligência, já é bastante culpável, e sentir-se-á o<<strong>br</strong> />
prejuízo. Esforcemo-nos quanto pu<strong>de</strong>rmos, ainda assim