A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
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imundo, <strong>de</strong>sgraçado, sem-vergonha; muito perverso <strong>de</strong>ves ser<<strong>br</strong> />
para me insinuares tais coisas! Vai-te daqui, malvado sedutor,<<strong>br</strong> />
não terás em mim parte alguma, que Jesus estará <strong>com</strong>igo,<<strong>br</strong> />
qual guerreiro invencível, e tu ficarás confundido. Antes quero<<strong>br</strong> />
morrer e sofrer todos os tormentos, que te fazer a vonta<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />
cala-te e emu<strong>de</strong>ce; não te escutarei, por mais que me molestes.<<strong>br</strong> />
O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem temerei.<<strong>br</strong> />
Levante-se embora contra mim um exército, não temerá meu<<strong>br</strong> />
coração. O Senhor é meu socorro e meu Salvador (Sl 26, 1.6;<<strong>br</strong> />
18,17).<<strong>br</strong> />
4. Peleja <strong>com</strong>o bom soldado e, se alguma vez caíres por fraqueza,<<strong>br</strong> />
torna a co<strong>br</strong>ar maiores forças que as anteriores, tendo certeza<<strong>br</strong> />
que receberás mais copiosa graça; acautela-te, porém, muito<<strong>br</strong> />
contra a vã <strong>com</strong>placência e a soberba. Por falta <strong>de</strong>sta vigilância<<strong>br</strong> />
andam muitos enganados e caem, às vezes, em cegueira<<strong>br</strong> />
incurável. A ruína <strong>de</strong>stes soberbos, que loucamente presumem<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> si próprios, sirva-te <strong>de</strong> cautela e te conserve na virtu<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />
humilda<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 7<<strong>br</strong> />
Como se há <strong>de</strong> ocultar a graça sob a guarda da humilda<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
1. Jesus: Filho, muito útil e seguro te é enco<strong>br</strong>ir a graça da<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>voção, sem te <strong>de</strong>svanceceres ou te preocupares muito <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
ela; convindo antes <strong>de</strong>sprezar-te a ti mesmo e temer que não<<strong>br</strong> />
sejas digno da graça recebida. Importa não estares muito<<strong>br</strong> />
apegado a tais sentimentos, que bem <strong>de</strong>pressa po<strong>de</strong>m mudarse<<strong>br</strong> />
nos contrários. Com a graça presente, pon<strong>de</strong>ra quão<<strong>br</strong> />
miserável e po<strong>br</strong>e és sem ela. O progresso na vida espiritual<<strong>br</strong> />
não consiste tanto em teres a graça da consolação, mas em<<strong>br</strong> />
suporta-lhe <strong>com</strong> humilda<strong>de</strong>, abnegação e paciência a privação,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> sorte que então não afrouxes no exercício da oração, nem<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>ixes <strong>de</strong> todo as <strong>de</strong>mais boas o<strong>br</strong>as que costumas praticar.<<strong>br</strong> />
Antes faze tudo <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong>, <strong>com</strong>o melhor pu<strong>de</strong>res e<<strong>br</strong> />
enten<strong>de</strong>res, nem te <strong>de</strong>scui<strong>de</strong>s totalmente <strong>de</strong> ti por causa das<<strong>br</strong> />
securas e ansieda<strong>de</strong>s espirituais.<<strong>br</strong> />
2. Muitos há que se <strong>de</strong>ixam levar pela impaciência e pelo<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>salento, logo que as coisas não correm <strong>com</strong>o <strong>de</strong>sejam. Pois<<strong>br</strong> />
nem sempre está nas mãos do homem o seu caminho (Jer<<strong>br</strong> />
10,23), mas a Deus pertence consolar e dar a graça quando<<strong>br</strong> />
quiser, e quanto quiser, a quem quiser, tudo <strong>com</strong>o lhe apraz,<<strong>br</strong> />
nem mais nem menos. Per<strong>de</strong>ram-se alguns impru<strong>de</strong>ntes por<<strong>br</strong> />
causa da graça da <strong>de</strong>voção, porque quiseram fazer mais do