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A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br

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apegados a ela - posto que mal arranjem o necessário <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

trabalho ou <strong>com</strong> a esmola - que, se pu<strong>de</strong>ssem viver aqui<<strong>br</strong> />

sempre, nada se lhes daria do reino <strong>de</strong> Deus.<<strong>br</strong> />

4. Ó insensatos e duros <strong>de</strong> coração, que tão profundamente<<strong>br</strong> />

jazem apegados à terra, que não gostam senão das coisas<<strong>br</strong> />

carnais. Infelizes! Lá virá o tempo em que hão <strong>de</strong> sentir, muito<<strong>br</strong> />

a seu custo, <strong>com</strong>o era vil e nulo aquilo que amaram. Os santos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Deus, e todos os fiéis amigos <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>, não tinham em<<strong>br</strong> />

conta o que agradava à carne nem o que neste mundo<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>ilhava, mas toda a sua esperança e intenção se fixavam nos<<strong>br</strong> />

bens eternos. Todo o seu <strong>de</strong>sejo se elevava para as coisas<<strong>br</strong> />

invisíveis e perenes, para que o amor do visível não se arrasta<<strong>br</strong> />

a <strong>de</strong>sejar as coisas inferiores. Não percas, irmão meu, a<<strong>br</strong> />

confiança <strong>de</strong> fazer progressos na vida espiritual; ainda tens<<strong>br</strong> />

tempo e ocasião.<<strong>br</strong> />

5. Por que queres adiar tua resolução? Levanta-te, <strong>com</strong>eça já e<<strong>br</strong> />

dize: Agora é tempo <strong>de</strong> agir, agora é tempo <strong>de</strong> pelejar, agora é<<strong>br</strong> />

tempo próprio para me emendar. Quando estás atribulado e<<strong>br</strong> />

aflito, é tempo <strong>de</strong> merecer. Importa que passes por fogo e água,<<strong>br</strong> />

antes que chegues ao refrigério (Sl 65,12). Se não te fizeres<<strong>br</strong> />

violência, não vencerás os vícios. Enquanto estamos neste<<strong>br</strong> />

frágil corpo, não po<strong>de</strong>mos estar sem pecado, nem viver sem<<strong>br</strong> />

enfado e dor. Bem quiséramos <strong>de</strong>scanso <strong>de</strong> toda miséria; mas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o pelo pecado per<strong>de</strong>mos a inocência, per<strong>de</strong>mos também a<<strong>br</strong> />

verda<strong>de</strong>ira felicida<strong>de</strong>. Por isso <strong>de</strong>vemos ter paciência, e confiar<<strong>br</strong> />

na divina misericórdia, até que passe a iniqüida<strong>de</strong> (Sl 52,6), e<<strong>br</strong> />

a vida absorva esta mortalida<strong>de</strong> (2Cor 5,4).<<strong>br</strong> />

6. Como é gran<strong>de</strong> a fragilida<strong>de</strong> humana, inclinada sempre ao<<strong>br</strong> />

mal! Hoje confessas os teus pecados, e amanhã <strong>com</strong>etes outra<<strong>br</strong> />

vez os mesmos que confessaste. Resolves agora te acautelar, e<<strong>br</strong> />

daqui a uma hora <strong>de</strong> portas <strong>com</strong>o quem nada se propôs. Com<<strong>br</strong> />

muita razão nos <strong>de</strong>vemos humilhar e não nos ter em gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conta, já que tão frágeis somos e tão inconstantes. Assim,<<strong>br</strong> />

facilmente se po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r pela negligência o que tanto nos<<strong>br</strong> />

custou a adquirir <strong>com</strong> a divina graça.<<strong>br</strong> />

7. Que será <strong>de</strong> nós no fim, se já tão cedo somos tíbios? Ai <strong>de</strong> nós,<<strong>br</strong> />

se assim procuramos repouso, <strong>com</strong>o se já estivéssemos em paz<<strong>br</strong> />

e segurança, quando nem sinal aparece em nossa vida <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

verda<strong>de</strong>ira santida<strong>de</strong>. Bem necessário nos fora que nos<<strong>br</strong> />

intruíssemos <strong>de</strong> novo, <strong>com</strong>o bons noviços, nos bons costumes;<<strong>br</strong> />

talvez que assim houvesse esperança <strong>de</strong> alguma emenda<<strong>br</strong> />

futura e maior progresso espiritual.

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