A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
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falta caíste, procura emendar-te logo <strong>de</strong>la. Assim <strong>com</strong>o tu<<strong>br</strong> />
observas os outros, também eles te observam a ti. Que alegria<<strong>br</strong> />
e gosto ver irmãos cheios <strong>de</strong> fervor e pieda<strong>de</strong>, bem<<strong>br</strong> />
acostumados e morigerados! Que tristeza, porém, e aflição, vêlos<<strong>br</strong> />
andar <strong>de</strong>snorteados e <strong>de</strong>scuidados dos exercícios <strong>de</strong> sua<<strong>br</strong> />
vocação! Que prejuízo <strong>de</strong>scurar os <strong>de</strong>veres do estado e aplicarse<<strong>br</strong> />
ao que Deus não exige!<<strong>br</strong> />
4. Lem<strong>br</strong>a-te da resolução que tomaste, e põe diante <strong>de</strong> ti a<<strong>br</strong> />
imagem <strong>de</strong> Jesus crucificado. Com razão te envergonharás,<<strong>br</strong> />
consi<strong>de</strong>rando a vida <strong>de</strong> Jesus <strong>Cristo</strong>, pois até agora tão pouco<<strong>br</strong> />
procuraste conformar-te <strong>com</strong> ela, estando há tanto tempo no<<strong>br</strong> />
caminho <strong>de</strong> Deus. O religioso que, <strong>com</strong> solicitu<strong>de</strong> e fervor, se<<strong>br</strong> />
exercita na santíssima vida e paixão do Senhor, achará nela<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> abundância tudo quanto lhe é útil e necessário, e<<strong>br</strong> />
escusará buscar coisa melhor fora <strong>de</strong> Jesus. Oh! se entrasse<<strong>br</strong> />
em nosso coração Jesus crucificado, quão <strong>de</strong>pressa e<<strong>br</strong> />
perfeitamente seríamos instruídos!<<strong>br</strong> />
5. O religioso cheio <strong>de</strong> fervor tudo suporta <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />
executa o que lhe mandam. O relaxado e tíbio, porém,<<strong>br</strong> />
encontra tribulação so<strong>br</strong>e tribulação, sofrendo <strong>de</strong> toda parte<<strong>br</strong> />
angústias: é que ele carece da consolação interior e lhe é<<strong>br</strong> />
vedado buscar a exterior. O religioso que transgri<strong>de</strong> a regra<<strong>br</strong> />
anda exposto a gran<strong>de</strong> ruína. Quem busca a vida cômoda e<<strong>br</strong> />
menos austera, sempre estará em angústias, porque uma ou<<strong>br</strong> />
outra coisa sempre lhe <strong>de</strong>sagrada.<<strong>br</strong> />
6. Que fazem tantos outros religiosos que guardam a austera<<strong>br</strong> />
disciplina do claustro? Raro saem, vivem retirados, sua<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>ida é parca, seu hábito grosseiro, trabalham muito, falam<<strong>br</strong> />
pouco, vigiam até tar<strong>de</strong>, levantam-se cedo, rezam muito, lêem<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong> freqüencia e conservam-se em toda a observância. Olha<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o os cartuxos, os cistercienses, e os monges e monjas das<<strong>br</strong> />
diversas or<strong>de</strong>ns se levantam todas as noites para louvar o<<strong>br</strong> />
Senhor. Vergonha, pois, seria, se tu fosses preguiçoso em o<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />
tão santa, quando tamanha multidão <strong>de</strong> religiosos entoa a<<strong>br</strong> />
divina salmodia.<<strong>br</strong> />
7. Oh! se nada mais tivesses que fazer senão louvar a Deus<<strong>br</strong> />
Nosso Senhor <strong>de</strong> coração e boca! Oh! se nunca precisares<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>er, nem beber, nem dormir, mas sempre pu<strong>de</strong>sses aten<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />
aos louvores <strong>de</strong> Deus e aos exercícios espirituais! Então serias<<strong>br</strong> />
muito mais ditoso do que agora, sujeito a tantas exigências do<<strong>br</strong> />
corpo! Oxalá não existissem tais necessida<strong>de</strong>s, mas houvesse<<strong>br</strong> />
só aquelas refeições que - ai! - tão raro gozamos!<<strong>br</strong> />
8. Quando o homem chega ao ponto <strong>de</strong> não buscar sua<<strong>br</strong> />
consolação em nenhuma criatura, só então <strong>com</strong>eça a gostar