A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
outros sejam perfeitos, e nem por isso emendamos as nossas<<strong>br</strong> />
faltas.<<strong>br</strong> />
3. Queremos que os outros sejam corrigidos <strong>com</strong> rigor, e nós não<<strong>br</strong> />
queremos ser repreendidos. Estranhamos a larga liberda<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
dos outros, e não queremos sofrer recusa alguma. Queremos<<strong>br</strong> />
que os outros sejam apertados por estatutos e não toleramos<<strong>br</strong> />
nenhum constrangimento que nos coíba. Don<strong>de</strong> claramente se<<strong>br</strong> />
vê quão raras vezes tratamos o próximo <strong>com</strong>o a nós mesmos.<<strong>br</strong> />
Se todos fossem perfeitos, que teríamos então <strong>de</strong> sofrer nós<<strong>br</strong> />
mesmos por amor <strong>de</strong> Deus?<<strong>br</strong> />
4. Ora, Deus assim o dispôs para que aprendamos a carregar<<strong>br</strong> />
uns o fardo dos outros; porque ninguém há sem <strong>de</strong>feito;<<strong>br</strong> />
ninguém sem carga; ninguém <strong>com</strong> força e juízo bastante para<<strong>br</strong> />
si; mas cumpre que uns aos outros nos suportemos,<<strong>br</strong> />
consolemos, auxiliemos, instruamos e aconselhemos. Quanta<<strong>br</strong> />
virtu<strong>de</strong> cada um possui, melhor se manifesta na ocasião da<<strong>br</strong> />
adversida<strong>de</strong>; pois as ocasiões não fazem o homem fraco, mas<<strong>br</strong> />
revelam o que ele é.<<strong>br</strong> />
CAPITULO 17<<strong>br</strong> />
Da vida monástica<<strong>br</strong> />
1. Apren<strong>de</strong> a abnegar-te em muitas coisas, se queres ter paz e<<strong>br</strong> />
concórdia <strong>com</strong> os outros. Não é pouco habitar em mosteiros ou<<strong>br</strong> />
congregações religiosas, viver ali sem queixas e perseverar<<strong>br</strong> />
fielmente até à morte. Bem-aventurado é aquele que aí vive<<strong>br</strong> />
bem e termina a vida <strong>com</strong> um fim abençoado! Se queres<<strong>br</strong> />
permanecer firme e fazer progressos, consi<strong>de</strong>ra-te <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sterrado e peregrino so<strong>br</strong>e a terra. Convém fazer-te louco<<strong>br</strong> />
por amor <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong>, se queres seguir a vida religiosa.<<strong>br</strong> />
2. De pouca monta são o hábito e a tonsura: são a mudança dos<<strong>br</strong> />
costumes e a perfeita mortificação das paixões que fazem o<<strong>br</strong> />
verda<strong>de</strong>iro religioso. Quem outra coisa procura senão a Deus<<strong>br</strong> />
só e a salvação <strong>de</strong> sua alma, só achará tribulações e<<strong>br</strong> />
angústias. Não po<strong>de</strong> ficar por muito tempo em paz quem não<<strong>br</strong> />
procura ser o menor e o mais submisso <strong>de</strong> todos.<<strong>br</strong> />
3. Para servir vieste, não para mandar; lem<strong>br</strong>a-te que foste<<strong>br</strong> />
chamado para trabalhar e sofrer, e não para folgar e<<strong>br</strong> />
conversar. Aqui, pois, se provam os homens, à semelhança do<<strong>br</strong> />
ouro na fornalha. Aqui, ninguém perseverará, se não quiser<<strong>br</strong> />
humilhar-se, <strong>de</strong> todo o coração, por amor <strong>de</strong> Deus.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 18