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A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br

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um futuro contingente, senão que tenhas tristeza so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

tristeza? A cada dia basta seu fardo (Mt 6,34). Coisa vã e inútil<<strong>br</strong> />

é entristecer-se ou regozijar-se <strong>com</strong> as coisas futuras, que<<strong>br</strong> />

talvez nunca venham a realizar-se.<<strong>br</strong> />

3. É próprio do homem <strong>de</strong>ixar-se iludir por tais imaginações, mas<<strong>br</strong> />

é sinal <strong>de</strong> pouco ânimo ce<strong>de</strong>r tão facilmente às sugestões do<<strong>br</strong> />

inimigo. A ele pouco importa se é por meios verda<strong>de</strong>iros ou<<strong>br</strong> />

falsos que te seduz e engana, se é <strong>com</strong> amor dos bens<<strong>br</strong> />

presentes, ou <strong>com</strong> o temor dos males futuros que te <strong>de</strong>ita a<<strong>br</strong> />

per<strong>de</strong>r. "Não se perturbe, pois, teu coração, nem se<<strong>br</strong> />

amedronte" (Jo 14,27). Crê em mim, e tem confiança em<<strong>br</strong> />

minha misericórdia. Quando te julgas muito longe <strong>de</strong> mim,<<strong>br</strong> />

mais perto estou, às vezes, <strong>de</strong> ti. Quando pensas que está tudo<<strong>br</strong> />

quase perdido, muitas vezes está próxima a ocasião <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

granjeares maior merecimento. Nem tudo está perdido, por te<<strong>br</strong> />

acontecer alguma contrarieda<strong>de</strong>. Não julgues pela impressão<<strong>br</strong> />

do momento, nem te aflijas <strong>com</strong> qualquer tribulação, venha<<strong>br</strong> />

don<strong>de</strong> vier, <strong>com</strong>o se não houvesse esperança <strong>de</strong> remédio.<<strong>br</strong> />

4. Não te julgues inteiramente <strong>de</strong>samparado, ainda quando, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tempos a tempos, te mando alguma tribulação ou te privo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alguma consolação <strong>de</strong>sejada; porque é este o caminho por<<strong>br</strong> />

on<strong>de</strong> se vai ao reino dos céus. E isto, sem dúvida, convém<<strong>br</strong> />

mais a ti e a todos os meus servos, ser<strong>de</strong>s exercitados nas<<strong>br</strong> />

adversida<strong>de</strong>s, do que se tudo vos suce<strong>de</strong>sse à vossa vonta<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Eu conheço os pensamentos escondidos, e sei que muito<<strong>br</strong> />

importa à tua salvação seres, às vezes, privado <strong>de</strong> toda<<strong>br</strong> />

consolação espiritual, para que não te exalte o bom progresso<<strong>br</strong> />

e te <strong>de</strong>svaneças do que não és. O que <strong>de</strong>i posso tirar, e dar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

novo, quando me aprouver.<<strong>br</strong> />

5. É sempre meu o que dou, e quando o tiro; não tomo coisa tua,<<strong>br</strong> />

pois "<strong>de</strong> mim proce<strong>de</strong> qualquer dádiva boa <strong>de</strong> todo dom<<strong>br</strong> />

perfeito" (Tg 1,17). Se eu te enviar qualquer pena ou<<strong>br</strong> />

contrarieda<strong>de</strong>, não te revoltes nem <strong>de</strong>sfaleça teu coração; eu<<strong>br</strong> />

posso num momento aliviar-te e transformar tua mágoa em<<strong>br</strong> />

alegria. Todavia, proce<strong>de</strong>ndo eu assim para contigo, sou justo<<strong>br</strong> />

e digno <strong>de</strong> louvor.<<strong>br</strong> />

6. Se refletires bem e julgares as coisas segundo a verda<strong>de</strong>, não<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ves afligir-te tanto <strong>com</strong> a adversida<strong>de</strong>, nem <strong>de</strong>sanimar, mas,<<strong>br</strong> />

ao contrário, alegrar-te e dar-me graças. Até <strong>de</strong>ve ser tua<<strong>br</strong> />

única alegria que eu te aflija <strong>com</strong> dores, sem poupar-te. Assim<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o meu Pai me amou, também eu vos amo a vós (Jo 15,19),<<strong>br</strong> />

disse eu a meus diletos discípulos, e, entretanto, não os enviei<<strong>br</strong> />

às <strong>de</strong>lícias temporais, mas às gran<strong>de</strong>s pelejas, não às honras,<<strong>br</strong> />

mas aos <strong>de</strong>sprezos, não aos passatempos, mas sim a produzir

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