A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
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afeto. Dá muitas graças à Bonda<strong>de</strong> soberana, que usa <strong>de</strong> tanta<<strong>br</strong> />
liberda<strong>de</strong> para contigo, <strong>com</strong> tanta clemência te visita, tanto te<<strong>br</strong> />
anima, tão po<strong>de</strong>rosamente te levanta, para que teu próprio<<strong>br</strong> />
peso não te arraste para as coisas terrenas. Pois isto não te<<strong>br</strong> />
vem por teus pensamentos ou esforços, mas só pela mercê da<<strong>br</strong> />
graça celeste e do beneplácito divino para que te adiantes nas<<strong>br</strong> />
virtu<strong>de</strong>s, so<strong>br</strong>etudo na humilda<strong>de</strong>, e te prepares para futuras<<strong>br</strong> />
pelejas; para que te entregues a mim <strong>com</strong> todo o afeto do teu<<strong>br</strong> />
coração e me sirvas <strong>com</strong> ar<strong>de</strong>nte amor.<<strong>br</strong> />
2. Filho, muitas vezes ar<strong>de</strong> o fogo, mas não sobe a chama sem<<strong>br</strong> />
fumo. Assim tambem os <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> alguns se a<strong>br</strong>asam pelas<<strong>br</strong> />
coisas celestiais, e, contudo, não estão livres da tentação e dos<<strong>br</strong> />
afetos carnais. Por isso não fazem unicamente pela glória <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Deus o que, aliás, <strong>com</strong> tanto <strong>de</strong>sejo lhe pe<strong>de</strong>m. Tal é também<<strong>br</strong> />
muitas vezes teu <strong>de</strong>sejo, que manifestastes <strong>com</strong> tanta<<strong>br</strong> />
ansieda<strong>de</strong>; pois não é puro nem perfeito o que está<<strong>br</strong> />
contaminado <strong>de</strong> algum interesse próprio.<<strong>br</strong> />
3. Pe<strong>de</strong>-me, não o que te é agradável e cômodo, senão o que a<<strong>br</strong> />
mim me é aceito e honroso; pois, se julgares retamente, <strong>de</strong>ves<<strong>br</strong> />
preferir minha lei a todos os teus <strong>de</strong>sejos e cumpri-la. Conheço<<strong>br</strong> />
teus <strong>de</strong>sejos e ouvi teus freqüentes gemidos. Quiseras já agora<<strong>br</strong> />
estar na gloriosa liberda<strong>de</strong> dos filhos <strong>de</strong> Deus, já te <strong>de</strong>leita o<<strong>br</strong> />
pensamento da morada eterna, na pátria celestial repleta <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
gozo; - mas não é ainda chegada essa hora, outro é o tempo<<strong>br</strong> />
atual, tempo <strong>de</strong> guerra, trabalho e provação. Desejas gozar a<<strong>br</strong> />
plenitu<strong>de</strong> do Sumo Bem, mas por enquanto ainda não o po<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />
conseguir. Sou eu esse Bem supremo; espera-me, diz o<<strong>br</strong> />
Senhor, até que venha o reino <strong>de</strong> Deus.<<strong>br</strong> />
4. Hás <strong>de</strong> passar ainda por muitas provações na terra e ser<<strong>br</strong> />
exercitado em muitas coisas. Consolações se te darão <strong>de</strong> vez<<strong>br</strong> />
em quando, mas plena satisfação não po<strong>de</strong>s receber. Esforçate,<<strong>br</strong> />
pois, e tem coragem, para fazer e sofrer o que repugna à<<strong>br</strong> />
natureza. Importa que te revistas do homem novo e te<<strong>br</strong> />
transformes em outro homem. Cumpre-te fazer muitas vezes o<<strong>br</strong> />
que não queres e <strong>de</strong>ixar o que queres. O que agrada aos outros<<strong>br</strong> />
terá bom sucesso; o que te agrada não se fará. O que os outros<<strong>br</strong> />
dizem está atendido; o que tu dizes será <strong>de</strong>sprezado. Pedirão<<strong>br</strong> />
os outros e receberão; tu pedirás, e não alcançarás.<<strong>br</strong> />
1. Serão gran<strong>de</strong>s os outros na boca dos homens; mas <strong>de</strong> ti<<strong>br</strong> />
nem se dirá palavra. Os outros serão encarregados <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
diversas <strong>com</strong>issões, e tu não serás julgado capaz <strong>de</strong> coisa<<strong>br</strong> />
alguma. Com isto se contristará, às vezes, a natureza;<<strong>br</strong> />
mas