A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
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<strong>de</strong>ixar tudo, renunciar ao mundo e a<strong>br</strong>açar a vida religiosa.<<strong>br</strong> />
Será porventura mérito que eu vos sirva, quando toda criatura<<strong>br</strong> />
tem o<strong>br</strong>igação <strong>de</strong> vos servir? Não me <strong>de</strong>ve parecer gran<strong>de</strong> coisa<<strong>br</strong> />
que eu vos sirva; antes <strong>de</strong>vo consi<strong>de</strong>rar gran<strong>de</strong> e digno <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
admiração que vos digneis receber-me, po<strong>br</strong>e e indigno <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
sou, em vosso serviço e associar-me aos vossos servos<<strong>br</strong> />
prediletos.<<strong>br</strong> />
3. Ve<strong>de</strong>, é vosso, Senhor, tudo que possuo e <strong>com</strong> que vos sirvo;<<strong>br</strong> />
entretanto, mais me servis vós a mim, do que eu a vós. Aí<<strong>br</strong> />
estão o céu e a terra, que criastes para uso do homem, e estão<<strong>br</strong> />
atentos a vosso aceno, a fazer cada dia o que lhes mandais.<<strong>br</strong> />
Mais ainda: os próprios anjos <strong>de</strong>stinastes ao serviço do<<strong>br</strong> />
homem. Mas, acima <strong>de</strong> tudo isso, vós mesmos vos dignais<<strong>br</strong> />
servir ao homem, e prometestes ser a sua re<strong>com</strong>pensa.<<strong>br</strong> />
4. Que vos darei eu por esses benefícios sem conta, Oh! se<<strong>br</strong> />
pu<strong>de</strong>ra servir-vos todos os dias da minha vida! Se pu<strong>de</strong>ra,<<strong>br</strong> />
ainda que um só dia, prestar-vos condigno serviço! Na<<strong>br</strong> />
verda<strong>de</strong>, sois digno <strong>de</strong> todo serviço, <strong>de</strong> toda honra e glória<<strong>br</strong> />
eterna. Vós sois verda<strong>de</strong>iramente meu Senhor, eu vosso po<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />
servidor, o<strong>br</strong>igado a servir-vos <strong>com</strong> todas as minhas forças,<<strong>br</strong> />
sem me cansar jamais <strong>de</strong> vos dar louvores. Assim o quero,<<strong>br</strong> />
assim o <strong>de</strong>sejo: dignai-vos, Senhor, suprir o que me falta.<<strong>br</strong> />
5. Gran<strong>de</strong> honra e glória é servir-vos e <strong>de</strong>sprezar tudo por vosso<<strong>br</strong> />
amor. Porque copiosa graça alcançarão os que livremente se<<strong>br</strong> />
sujeitam ao vosso santíssimo serviço. Encontrarão suavíssima<<strong>br</strong> />
consolação do Espírito Santo os que por vós <strong>de</strong>sprezam todos<<strong>br</strong> />
os <strong>de</strong>leites carnais. Conseguirão gran<strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> da alma os<<strong>br</strong> />
que por vosso nome entram na vereda estreita e se apartam <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
todos os cuidados mundanos.<<strong>br</strong> />
6. Ó doce e amável servidão <strong>de</strong> Deus, que torna o homem<<strong>br</strong> />
verda<strong>de</strong>iramente livre e santo! Ó sagrada servidão do estado<<strong>br</strong> />
religioso, que faz o homem igual aos anjos, agradável a Deus,<<strong>br</strong> />
terrível aos <strong>de</strong>mônios e re<strong>com</strong>endável a todos os fiéis! Ó ditoso<<strong>br</strong> />
e nunca assaz <strong>de</strong>sejado serviço, que nos mereceu o Bem<<strong>br</strong> />
soberano e adquire o gozo que há <strong>de</strong> durar para sempre!<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 11<<strong>br</strong> />
Como <strong>de</strong>vemos examinar e mo<strong>de</strong>rar os <strong>de</strong>sejos do coração<<strong>br</strong> />
1. Jesus: Filho, muitas coisas <strong>de</strong>ves ainda apren<strong>de</strong>r, que não<<strong>br</strong> />
sabes bem.<<strong>br</strong> />
2. A alma: Que coisas são estas, Senhor?