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A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br

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vigiando. Em verda<strong>de</strong> vos digo que o constituirá so<strong>br</strong>e todos os<<strong>br</strong> />

seus bens (12, 37 e 43).<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO 20<<strong>br</strong> />

Do amor à solidão e ao silêncio<<strong>br</strong> />

1. Procura tempo oportuno para cuidar <strong>de</strong> ti e relem<strong>br</strong>a a miúdo<<strong>br</strong> />

os benefícios <strong>de</strong> Deus. Renuncia às curiosida<strong>de</strong>s e escolhe<<strong>br</strong> />

leituras tais, que mais sirvam para te <strong>com</strong>pungir, que para te<<strong>br</strong> />

distrair. Se te abstiveres <strong>de</strong> conversações supérfluas e passeios<<strong>br</strong> />

ociosos, <strong>com</strong>o também <strong>de</strong> ouvir novida<strong>de</strong>s e boatos, acharás<<strong>br</strong> />

tempo suficiente e a<strong>de</strong>quado para te entregares a santas<<strong>br</strong> />

meditações. Os maiores santos evitavam, quando podiam, a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panhia dos homens, preferindo viver <strong>com</strong> Deus, em retiro.<<strong>br</strong> />

2. Disse alguém: "Sempre que estive entre os homens menos<<strong>br</strong> />

homem voltei" (Sêneca, Epist. 7). Isso experimentamos muitas<<strong>br</strong> />

vezes, quando falamos muito. Mas fácil é calar <strong>de</strong> todo, do que<<strong>br</strong> />

não tropeçar em alguma palavra. Mas fácil é ficar oculto em<<strong>br</strong> />

casa, que fora <strong>de</strong>la ter a necessária cautela. Quem, pois,<<strong>br</strong> />

preten<strong>de</strong> chegar à vida interior e espiritual, importa-lhe que se<<strong>br</strong> />

afaste da turba, <strong>com</strong> Jesus. Ninguém, sem perigo, se mostra<<strong>br</strong> />

em público, senão quem gosta <strong>de</strong> escon<strong>de</strong>r-se. Ninguém<<strong>br</strong> />

seguramente fala, senão quem gosta <strong>de</strong> calar. Ninguém<<strong>br</strong> />

seguramente manda, senão o que perfeitamente apren<strong>de</strong>u a<<strong>br</strong> />

obe<strong>de</strong>cer.<<strong>br</strong> />

3. Não po<strong>de</strong> haver alegria segura, sem o testemunho <strong>de</strong> boa<<strong>br</strong> />

consciência. Contudo, a segurança dos santos estava sempre<<strong>br</strong> />

misturada <strong>com</strong> o temor <strong>de</strong> Deus; nem eram menos cuidadosos<<strong>br</strong> />

e humil<strong>de</strong>s em si mesmos, porque resplan<strong>de</strong>ciam em gran<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

virtu<strong>de</strong>s e graças. A segurança dos maus, porém, nasce da<<strong>br</strong> />

soberba e presunção, e acaba por enganar-se a si mesma.<<strong>br</strong> />

Nunca te dês por seguro nesta vida, ainda que pareças bom<<strong>br</strong> />

religioso ou ermitão <strong>de</strong>voto.<<strong>br</strong> />

1. Muitas vezes os melhores no conceito dos homens<<strong>br</strong> />

correram graves perigos, por sua <strong>de</strong>masiada confiança.<<strong>br</strong> />

Por isso, para muitos é melhor não serem <strong>de</strong> todo livres<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tentações, mas que sejam freqüentemente <strong>com</strong>batidos,<<strong>br</strong> />

para que não confiem <strong>de</strong>madiadamente em si, nem se<<strong>br</strong> />

exaltem <strong>com</strong> soberba, nem tampouco busquem <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

ânsia as consolações exteriores. Oh! Quem nunca<<strong>br</strong> />

buscasse alegria transitória, nem <strong>de</strong>ste mundo cuidasse,<<strong>br</strong> />

que consciência pura teria! Oh! Quem arredasse todo vão

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