A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
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inquieto agitar-se quando quiser. So<strong>br</strong>e ele recairá tudo o que<<strong>br</strong> />
fizer ou disser, porque não me po<strong>de</strong> enganar.<<strong>br</strong> />
2. Não te preocupes da som<strong>br</strong>a dum gran<strong>de</strong> nome, nem da<<strong>br</strong> />
familiarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> muitos, nem <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> particular dos<<strong>br</strong> />
homens. Pois tudo isso gera distrações e gran<strong>de</strong> perplexida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
ao coração. Eu não duvidaria falar-te e <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>ir-te os meus<<strong>br</strong> />
segredos, se atento esperasses minha chegada e me a<strong>br</strong>isses a<<strong>br</strong> />
porta <strong>de</strong> teu coração. Sê cauteloso, vigia na oração, e humilhate<<strong>br</strong> />
em todas as coisas.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 25<<strong>br</strong> />
Em que consiste a firme paz do coração e o verda<strong>de</strong>iro<<strong>br</strong> />
aproveitamento<<strong>br</strong> />
1. Jesus: Filho, eu disse a meus discípulos: Eu vos <strong>de</strong>ixo a paz;<<strong>br</strong> />
dou-vos a minha paz; não vo-la dou <strong>com</strong>o a dá o mundo (Jo<<strong>br</strong> />
14,27). Todos <strong>de</strong>sejam a paz, mas nem todos buscam as coisas<<strong>br</strong> />
que produzem a verda<strong>de</strong>ira paz. A minha paz está <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />
humil<strong>de</strong>s e mansos <strong>de</strong> coração. Na muita paciência<<strong>br</strong> />
encontrarás a tua paz. Se me ouvires e seguires a minha voz,<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong>rás gozar gran<strong>de</strong> paz.<<strong>br</strong> />
2. A alma: Que hei <strong>de</strong> fazer, pois, Senhor?<<strong>br</strong> />
3. Jesus: Em tudo olha bem o que fazes e dizes, e dirige toda a<<strong>br</strong> />
tua intenção só para meu agrado, sem <strong>de</strong>sejar ou buscar coisa<<strong>br</strong> />
alguma fora <strong>de</strong> mim. Não julgues temerariamente das palavras<<strong>br</strong> />
e o<strong>br</strong>as dos outros, nem te intrometas em coisas que não te<<strong>br</strong> />
dizem respeito; <strong>de</strong>ste modo po<strong>de</strong>rá ser que pouco ou raras<<strong>br</strong> />
vezes te perturbes.<<strong>br</strong> />
4. Nunca sentir, porém, inquietação, nem sofrer moléstia alguma<<strong>br</strong> />
do corpo ou do espírito, não é próprio da vida presente, senão<<strong>br</strong> />
do estado do eterno <strong>de</strong>scanso. Não julgues, pois, ter achado a<<strong>br</strong> />
verda<strong>de</strong>ira paz, se não sentires nenhuma aflição; nem que<<strong>br</strong> />
tudo está bem, se não tiveres nenhum adversário, ou tudo<<strong>br</strong> />
perfeito, se tudo correr a teu gosto. Nem penses que és gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
coisa ou singularmente amado por Deus, se sentes muita<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>voção e doçura, porque não são estes os sinais pelos quais<<strong>br</strong> />
se conhece o verda<strong>de</strong>iro amante da virtu<strong>de</strong>, nem consiste nisso<<strong>br</strong> />
o aproveitamento e a perfeição do homem.<<strong>br</strong> />
5. A alma: Em que consiste, pois, Senhor?<<strong>br</strong> />
6. Jesus: Em te ofereceres <strong>de</strong> todo o teu coração à divina<<strong>br</strong> />
vonta<strong>de</strong>, sem buscares o teu próprio interesse em coisa<<strong>br</strong> />
alguma, nem eterna; <strong>de</strong> sorte que <strong>com</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> ânimo dês<<strong>br</strong> />
graças a Deus na ventura e na <strong>de</strong>sgraça, pesando tudo na