A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br
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Cor 10,13). Humilhemos, portanto, nossas almas, <strong>de</strong>baixo da<<strong>br</strong> />
mão <strong>de</strong> Deus, em qualquer tentação e tribulação porque ele há<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> salvar e engran<strong>de</strong>cer os que são humil<strong>de</strong>s <strong>de</strong> coração.<<strong>br</strong> />
4. Nas tentações e adversida<strong>de</strong>s se vê quanto cada um tem<<strong>br</strong> />
aproveitado; nelas consiste o maior merecimento e se patenteia<<strong>br</strong> />
melhor a virtu<strong>de</strong>. Não é lá gran<strong>de</strong> coisa ser o homem <strong>de</strong>voto e<<strong>br</strong> />
fervoroso quando tudo lhe corre bem; mas, se no tempo da<<strong>br</strong> />
adversida<strong>de</strong> conserva a paciência, po<strong>de</strong>-se esperar gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />
progresso. Alguns há que vencem as gran<strong>de</strong>s tentações e, nas<<strong>br</strong> />
pequenas, caem freqüentemente, para que, humilhados, não<<strong>br</strong> />
presumam <strong>de</strong> si gran<strong>de</strong>s coisas, visto que <strong>com</strong> tão pequenas<<strong>br</strong> />
sucumbem.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 14<<strong>br</strong> />
Como se <strong>de</strong>ve evitar o juízo temerário<<strong>br</strong> />
1. Relanceia so<strong>br</strong>e ti o olhar e guarda-te <strong>de</strong> julgar as ações<<strong>br</strong> />
alheias. Quem julga os <strong>de</strong>mais per<strong>de</strong> o trabalho, quase sempre<<strong>br</strong> />
se engana e facilmente peca; mas, examinando-se e julgandose<<strong>br</strong> />
a si mesmo, trabalha sempre <strong>com</strong> proveito. De ordinário,<<strong>br</strong> />
julgamos as coisas segundo a inclinação do nosso coração,<<strong>br</strong> />
pois o amor-próprio facilmente nos altera a retidão do juízo. Se<<strong>br</strong> />
Deus fora sempre o único objetivo dos nossos <strong>de</strong>sejos, não nos<<strong>br</strong> />
perturbaria tão facilmente qualquer oposição ao nosso parecer.<<strong>br</strong> />
2. Muitas vezes existe, <strong>de</strong>ntro ou fora <strong>de</strong> nós, alguma coisa que<<strong>br</strong> />
nos atrai e em nós influi. Muitos buscam secretamente a si<<strong>br</strong> />
mesmos em suas ações, e não o percebem. Parecem até gozar<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> boa paz, enquanto as coisas correm à medida <strong>de</strong> seus<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>sejos; mas, se <strong>de</strong> outra sorte suce<strong>de</strong>, logo se inquietam e<<strong>br</strong> />
entristecem. Da discrepância <strong>de</strong> pareceres e opiniões<<strong>br</strong> />
freqüentemente nascem discórdias entre amigos e vizinhos,<<strong>br</strong> />
entre religiosos e pessoas piedosas.<<strong>br</strong> />
3. É custoso per<strong>de</strong>r um costume inveterado, e ninguém renuncia,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> boa mente, a seu modo <strong>de</strong> ver. Se mais confias em tua<<strong>br</strong> />
razão e talento que na graça <strong>de</strong> Jesus <strong>Cristo</strong>, só raras vezes e<<strong>br</strong> />
tar<strong>de</strong> serás iluminado; pois Deus quer que nos sujeitemos<<strong>br</strong> />
perfeitamente a ele e que nos elevemos acima <strong>de</strong> toda razão<<strong>br</strong> />
humana, inflamados do seu amor.<<strong>br</strong> />
CAPÍTULO 15<<strong>br</strong> />
Das o<strong>br</strong>as feitas <strong>com</strong> carida<strong>de</strong>