concurso de monografias prof. dalgimar beserra de ... - CREMEC
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mesmo <strong>de</strong>fi ciência da formação <strong>prof</strong>i ssional”, buscam-na como fonte<br />
<strong>de</strong> aprendizagem, experiência e especialização, o que vem facilitar a sua<br />
inserção no mercado <strong>de</strong> trabalho.<br />
Prefaciando a obra <strong>de</strong> Feuerwerker (1998), Marcos Kisil, coor<strong>de</strong>nador<br />
<strong>de</strong> programas da Fundação Kellogg para a América Latina e Caribe,<br />
observa que “<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse contexto <strong>de</strong> crise do sistema educacional,<br />
com escolas incompetentes na formação dos <strong>prof</strong>i ssionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a<br />
Residência Médica surge como alternativa qualifi cadora que a Escola<br />
Médica não conseguiu ser”.<br />
Certo é que a Residência Médica originou-se nos Estados Unidos,<br />
como um curso <strong>de</strong> pós-graduação, com a fi nalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> formar recursos<br />
humanos na área médica, ainda no século XIX. Tratava-se <strong>de</strong> um sistema<br />
<strong>de</strong> instrução baseado no ensino clínico e no aproveitamento da re<strong>de</strong> hospitalar<br />
para o ensino médico, na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> treinamento em serviço,<br />
formando especialistas (Machado et al., 1997; Feuerwerker, 1998).<br />
O princípio básico norteador <strong>de</strong>ssa forma <strong>de</strong> ensino era da <strong>de</strong>dicação<br />
exclusiva, implicando o trabalho e envolvimento integral do <strong>prof</strong>i ssional<br />
em treinamento com as ativida<strong>de</strong>s cotidianas do hospital em que<br />
estivesse sendo capacitado, passando o mesmo a residir no seu local <strong>de</strong><br />
trabalho, como forma <strong>de</strong> propiciar a prática clínica (Blaistein, 1993;<br />
Machado et al., 1997; Feuerwerker, 1998).<br />
No Brasil, as primeiras experiências <strong>de</strong> Residência Médica datam da<br />
década <strong>de</strong> 40. O Hospital das Clínicas da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo e<br />
o Hospital dos Servidores do Estado, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, foram os primeiros<br />
a implantar o programa <strong>de</strong> Residência Médica, em 1944 e 1948,<br />
respectivamente (Machado et al., 1997; Feuerwerker, 1998); em 1962,<br />
foi implantado, por sua vez, o primeiro programa <strong>de</strong> Residência em<br />
Medicina Preventiva e Social, na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina <strong>de</strong> Ribeirão<br />
Preto, em São Paulo (Campos & Girardi, 1984).<br />
Gradativamente, foi aumentando o número <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> Residência<br />
Médica, até que na década <strong>de</strong> 70 ocorreu um gran<strong>de</strong> avanço,<br />
culminando com a criação da Comissão Nacional <strong>de</strong> Residência Médica<br />
– CNRM, em 1977, cuja fi nalida<strong>de</strong> seria <strong>de</strong> disciplinar essa forma <strong>de</strong><br />
capacitação (Machado et al., 1997).<br />
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