concurso de monografias prof. dalgimar beserra de ... - CREMEC
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disseção excessiva durante a captação ou durante o preparo no banco,<br />
ocasionando lesão isquêmica.<br />
A outra complicação tardia, no 3 o caso, se manifestou clinicamente<br />
ao redor do 42 o dia como colestase. Exames <strong>de</strong> imagem revelaram<br />
coleção subhepática. CPER mostrou estenose e rotação ao nível da<br />
anastomose biliar, não sendo possível transpor com fi o guia. Indicada<br />
laparotomia e constatada necrose <strong>de</strong> toda a via biliar extra-hepática<br />
do enxerto, que foi tratada com anastomose <strong>de</strong> uma alça jejunal em Y<br />
<strong>de</strong> Roux com a placa hilar. Não foi palpado pulso da artéria hepática.<br />
Pós-operatório sem complicações. Arteriografi a confi rmou trombose <strong>de</strong><br />
artéria hepática.<br />
A mais frequente complicação vascular após transplante ortotópico<br />
<strong>de</strong> fígado é a trombose <strong>de</strong> artéria hepática e é associada a alta incidência<br />
<strong>de</strong> falência do enxerto e mortalida<strong>de</strong> (Tzakis et al, 1985). Isquemia e<br />
necrose do enxerto hepático são as consequências usuais da trombose<br />
arterial precoce, enquanto complicações biliares e sepse são as apresentações<br />
da trombose arterial tardia (Hidalgo et al, 1999). Em uma série<br />
<strong>de</strong> 475 transplantes, foram encontrado 35 pacientes (7,5%) com<br />
trombose <strong>de</strong> arteria hepática; trombose tardia ocorreu em 19 pacientes,<br />
variando <strong>de</strong> 2 a 79 meses pós-transplante; 09 pacientes (47%) estão<br />
assintomáticos e não necessitaram <strong>de</strong> tratamento; os outros 10 estão<br />
sintomáticos e 06 necessitaram <strong>de</strong> retransplante (Torras et al, 1999).<br />
A causa mais incriminada para esta complicação é tempo <strong>de</strong> isquemia<br />
fria prolongado, ida<strong>de</strong> do doador, a presença <strong>de</strong> rejeição, tipo <strong>de</strong> anastomose<br />
e variações anatômicas. Concluindo, a maioria dos pacientes<br />
com trombose <strong>de</strong> artéria hepática necessita <strong>de</strong> retransplante para tratar<br />
as complicações biliares (Stange et al, 2001). Este 3 o caso encontra-se<br />
realizando normalmente suas ativida<strong>de</strong>s e com discreta colestase. Foi<br />
inscrito para retransplante.<br />
Por fi m, os resultados iniciais foram bons, principalmente levandose<br />
em conta que é um serviço pioneiro, no Estado do Ceará, com experiência<br />
reduzida. É provável que com o <strong>de</strong>correr do tempo e um maior<br />
número <strong>de</strong> transplantes, estes resultados sejam aprimorados.<br />
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