concurso de monografias prof. dalgimar beserra de ... - CREMEC
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encefalopatia grau IV . Em um série <strong>de</strong> 116 pacientes que receberam<br />
transplante, a taxa <strong>de</strong> sobrevida <strong>de</strong> um ano foi <strong>de</strong> 68%. A principal<br />
causa <strong>de</strong> morte era sepse e falência <strong>de</strong> múltiplos órgãos (Bismuth et al,<br />
1995). A <strong>de</strong>speito da apropriada seleção dos pacientes e do manuseio<br />
a<strong>de</strong>quado das complicações, muitos pacientes não recebem o transplante<br />
a tempo por falta <strong>de</strong> órgãos. Somente 40 a 60% dos pacientes listados<br />
são realmente transplantados (Castells et al, 1993).<br />
A evolução satisfatória <strong>de</strong>ste 5 o caso foi possível <strong>de</strong>vido ao surgimento<br />
precoce <strong>de</strong> um doador para que o transplante pu<strong>de</strong>sse ser realizado<br />
em uma fase sem falência <strong>de</strong> múltiplos órgãos. Outro aspecto essencial<br />
foi a assistência pós-operatória contínua que possibilitou o diagnostico<br />
precoce das infecções com tratamento imediato.<br />
Ocorreram complicações tardias após 30 dias em 2 pacientes. O<br />
2 o caso apresentou, no seguimento ambulatorial (32 o pós-operatóro),<br />
elevação das enzimas hepáticas, principalmente bilirrubinas, fosfatase<br />
alcalina e gamaglutamiltranspeptidase (GGT). Ultrassom e tomografi<br />
a computadorizada revelaram dilatação da via biliar intra-hepática e<br />
coleção líquida subhepática. Foi realizado drenagem percutânea com<br />
aspiração <strong>de</strong> 2300 ml <strong>de</strong> bile. Colangiopancreatografi a endoscópica<br />
(CPER) evi<strong>de</strong>nciou fístula biliar com acotovelamento do ducto biliar,<br />
que impossibilitou a passagem <strong>de</strong> uma prótese. Por este motivo, indicou-se<br />
exploração cirúrgica, on<strong>de</strong> foi confi rmada necrose do colédoco<br />
distal do enxerto, sendo tratado por hepático-jejunostomia em Y <strong>de</strong><br />
Roux. Evoluiu sem complicações. Atualmente, encontra-se assintomático<br />
e com enzimas hepáticas normais.<br />
Em 1976, Sir RY Calne afi rmou que a “anastomose biliar era o calcanhar<br />
<strong>de</strong> Aquiles do transplante <strong>de</strong> fígado” (Calne, 1976). Passados<br />
26 anos <strong>de</strong> progresso na área dos transplantes, complicações biliares<br />
permanecem como um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safi o, porque po<strong>de</strong>m levar a perda<br />
do enxerto ou morte. Baseado em dados da literatura, essas intercorrências<br />
acontecem em cerca <strong>de</strong> 10 a 30% dos transplantes. A técnica<br />
mais comumente usada é a anastomose colédoco-colédoco término-terminal,<br />
com ou sem dreno <strong>de</strong> Kehr (Krawczyk et al, 2000). Neste caso<br />
aqui discutido, a causa da necrose biliar do enxerto provavelmente foi<br />
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