concurso de monografias prof. dalgimar beserra de ... - CREMEC
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fl agrante possivelmente o localizará num sítio remoto do hospital – tal<br />
como fi m-<strong>de</strong>-corredor, último andar – inacessível a estranhos. Em resumo,<br />
confi gurar-se-á um ambiente <strong>de</strong> claustro, <strong>de</strong> sub-humanização.<br />
Asseguro, contudo, que este retrato gradualmente vai se esmaecendo,<br />
tornando-se datado à medida em que especialista e especialida<strong>de</strong> vão<br />
amadurecendo, conferindo às UTIs uma rosto mais humano, <strong>de</strong> menos<br />
sofrimento. Apesar <strong>de</strong> não conseguir <strong>de</strong>scolar-se da gravida<strong>de</strong> (real ou<br />
potencial) dos doentes que a a<strong>de</strong>ntram, a estrutura e o funcionamento<br />
da UTI gratamente vêm assimilando os anseios naturais <strong>de</strong> todos aqueles<br />
que a utilizam como local <strong>de</strong> acolhimento ou <strong>de</strong> trabalho. Se antes<br />
um ambiente primariamente <strong>de</strong>stinado ao exercício da ciência e da tecnologia<br />
maximizadas, exige-se, hoje, mais que isso: exige-se que ciência<br />
e tecnologia sejam oferecidas com carinho, solidari<strong>de</strong>da<strong>de</strong> e compaixão.<br />
A propósito, em seu congresso <strong>de</strong> 2001, a Society of Critical Care Medicine<br />
sonoramente rotulou-o como Critical Care: Blending Science &<br />
Compassion. Entenda-se que a busca <strong>de</strong> humanização da UTI não se<br />
satisfaz somente com o melhor atendimento ao doente, mas também<br />
com o melhor entendimento entre os que o servem, e <strong>de</strong>stes com os<br />
familiares do doente (e <strong>de</strong>mais interessados). A concretização <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>si<strong>de</strong>rato<br />
vai gradualmente incorporando a participação <strong>de</strong> outros parceiros,<br />
tais como o psicólogo, o assistente-social, o arquiteto – todos<br />
ensejando a construção <strong>de</strong> salutar interação, e propiciando ambientes<br />
mais acolhedores e aconchegantes.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
1 1Reis 17, 17-24.<br />
2 2Reis 4, 8-37.<br />
3 Th omas L: Th e lives of a cell. New York, Viking Press, 1974.<br />
4 Pinsky MR, Matuschack GM: Multiple Systems Organ Failure: Failure of<br />
host <strong>de</strong>fense homeostasis. Crit Care Clin 5: 199-220, 1989.<br />
5 Bendixen HH, Kinney, JM: História do Tratamento Intensivo. In: Comitê<br />
<strong>de</strong> Cuidados Pré e Pós-operatórios – American College of Surgeons: Assistência<br />
Cirúrgica Intensiva. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Interamericana, 1979.<br />
6 Recommendations for Intensive Care Unit Admission and Discharge Criteria.<br />
Task Force on Gui<strong>de</strong>lines, Society of Critical Care Medicine. Crit Care<br />
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