concurso de monografias prof. dalgimar beserra de ... - CREMEC
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afi rmou: “É inverossímel que alguém tente um Transplante Hepático<br />
Clínico sem uma recapitulação pessoal prévia em laboratório, pelo menos<br />
alguma experiência anterior em suínos ou cães”.<br />
A experimentação <strong>de</strong>ntro do Transplante <strong>de</strong> Fígado é realizada sobretudo<br />
em cães e porcos (Calne et al, 1967; Terblanche et al, 1968;<br />
Mon<strong>de</strong>n et al, 1982; Benichou at al, 1978). O cão é um animal <strong>de</strong> fácil<br />
manejo anestésico, porém apresenta importantes alterações da coagulação<br />
quando é submetido a circulação extra-corpórea ou a transfusão<br />
<strong>de</strong> sangue (Berisa et al, 1986). O porco não apresenta estes problemas,<br />
apesar <strong>de</strong> ser mais instável no trans-operatório, em parte por se tratar <strong>de</strong><br />
animal muito jovem; o peso i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>ve se situar entre 25 e 30 kg (Mazzoni<br />
et al 1973). O porco, por suas características biológicas e anatômicas<br />
e pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobreviver sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> imunossupressão<br />
pós-operatória, tem sido o animal eleito pela maioria dos grupos<br />
para montar um mo<strong>de</strong>lo experimental (Berisa et al, 1986; Arias et al,<br />
1986; Lluch et al 1990).<br />
A partir <strong>de</strong> 1980, um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> centros <strong>de</strong> transplante iniciou<br />
suas ativida<strong>de</strong>s no mundo. Diversos fatores contribuíram para isto,<br />
incluindo avanços na técnica cirúrgica e na anestesiologia e o emprego<br />
<strong>de</strong> novos fármacos. O <strong>de</strong>senvolvimento e a evolução no uso <strong>de</strong> agentes<br />
imunossupressores foi um passo crítico no crescimento do transplante<br />
<strong>de</strong> órgãos sólidos. Em experimentos animais e durante a fase precoce<br />
<strong>de</strong> transplante renal com doador cadáver iniciado antes do transplante<br />
<strong>de</strong> fígado, o uso combinado <strong>de</strong> prednisona e azatioprina facilitou<br />
o sucesso do transplante <strong>de</strong> rim, por possibiltar um bom controle da<br />
rejeição (Starzl et al 1982; Keeff e, 2000). Nesta experiência inicial, foi<br />
observado que altas doses <strong>de</strong> corticosterói<strong>de</strong>s por via endovenosa era<br />
efetiva em reverter epsódios <strong>de</strong> rejeição celular aguda. Estes resultados<br />
favoráveis com prednisona e azatioprina levaram ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do transplante clínico <strong>de</strong> rim e contribuiram para a evolução inicial do<br />
transplante <strong>de</strong> fígado (Keefe, 2001).<br />
O fator mais importante para o sucesso atual do transplante <strong>de</strong> fígado<br />
tem sido atribuído à introdução <strong>de</strong> um novo agente imunossupressor,<br />
a ciclosporina, por Roy Calne (Calne et al, 1978; Calne et al,<br />
1978; Calne et al, 1979). Inicialmente utilizada como droga isolada<br />
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