concurso de monografias prof. dalgimar beserra de ... - CREMEC
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tes com hepatite fulminante que não toleram o clampeamento portal<br />
por ausência <strong>de</strong> hipertensão porta e circulação colateral, realizamos um<br />
shunt porto-cava provisório, como sugerido por Tzakis e outros autores<br />
(Tzakis et al, 1993; Belghiti et al, 1995).<br />
Os cinco casos apresentados neste trabalho foram transplantados<br />
pela técnica <strong>de</strong> “piggyback”, sendo que nos casos 1,2 e 5 a anastomose<br />
da cava do enxerto foi realizada com a junção das 3 veias hepáticas; os<br />
casos 3 e 4 por receberem o fígado <strong>de</strong> doadores <strong>de</strong> menor peso, apresentavam<br />
uma boa compatibilida<strong>de</strong> entre a veia cava do enxerto e a<br />
junção da veia hepática esquerda-média, motivo pelo qual foi optado<br />
pela anastomose <strong>de</strong>stes vasos.<br />
Analisando os resultados <strong>de</strong>sta pequena série, observa-se que o primeiro,<br />
segundo e terceiro casos evoluíram muito bem no pós-operatório,<br />
com queda progressiva das enzimas e normalização da função<br />
hepática (gráfi cos); o número <strong>de</strong> transfusões foi baixo e o segundo caso<br />
não recebeu concentrados <strong>de</strong> hemácias (tabela 1). Vale ressaltar que o<br />
tempo <strong>de</strong> isquemia fria foi baixo nestes 3 casos iniciais (5,3 h, 6 h, 7 h)<br />
e a alta hospitalar relativamente precoce (10 a 1 dias).<br />
Apesar da evulução inicialmente favorável do 4 o caso com queda<br />
lenta das enzimas hepáticas, houve uma elevação súbita e acentuada das<br />
transaminases no 6 o dia <strong>de</strong> pós-operatório. Nestas situações, o diagnóstico<br />
provável é trombose <strong>de</strong> artéria hepática. Foi realizado ultrassonografi<br />
a com doppler que mostrou fl uxo habitual pela artéria hepática e<br />
veia porta. No dia seguinte, uma arteriografi a evi<strong>de</strong>nciou anastomose<br />
arterial pérvia e sem estenoses afastando a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> complicações<br />
vasculares. Realizada biópsia hepática percutânea que evi<strong>de</strong>nciou<br />
áreas importantes <strong>de</strong> isquemia, inclusive no espaço portal e ausência<br />
<strong>de</strong> rejeição celular aguda. Apresentou hemorragia digestiva por varizes<br />
<strong>de</strong> esôfago, choque e óbito no 9 o dia. A necrópsia realizada pelo patologista<br />
da equipe <strong>de</strong> transplante revelou isquemia e necrose hepática<br />
com ausência <strong>de</strong> trombos na veia porta e artéria hepática. A causa mais<br />
provável do óbito foi disfunção tardia do enxerto.<br />
Mesmo com os gran<strong>de</strong>s avanços na última década, disfunção primária<br />
do fígado continua sendo a principal complicação imediata após<br />
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