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Papel e pel-355cula da montagem liter-341ria - Centro de Ensino ...

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que abriu novos caminhos com seus estudos sobre estética e reprodução <strong>da</strong> obra <strong>de</strong><br />

arte.<br />

Herbert Marcuse teve pa<strong>pel</strong> essencial na introdução <strong>da</strong>s <strong>de</strong>duções marxistas<br />

sobre cultura na vi<strong>da</strong> acadêmica americana, e na fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Escola <strong>de</strong> Frankfurt<br />

<strong>de</strong> filósofos, liga<strong>da</strong> diretamente a um movimento conhecido como “Teoria Crítica”.<br />

Este movimento criou uma distinção entre a alta herança cultural <strong>da</strong> Europa e a<br />

cultura <strong>de</strong> massa produzi<strong>da</strong> <strong>pel</strong>as socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s capitalistas, como um instrumento <strong>de</strong><br />

dominação. A "Teoria Crítica" via nas formas <strong>de</strong> cultura <strong>de</strong> massa - cinema<br />

hollywoodiano, publici<strong>da</strong><strong>de</strong> - uma réplica <strong>da</strong> estrutura capitalista.<br />

As principais influências marxistas na teoria <strong>liter</strong>ária <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Escola <strong>de</strong><br />

Frankfurt têm sido Raymond Williams e Terry Eagleton na Grã-Bretanha e Frank<br />

Lentricchia e Fredric Jameson, nos Estados Unidos.<br />

No presente, a crítica marxista procura intertextualizar a arte com a história, a<br />

sociologia e outras áreas do saber científico social.<br />

No panorama <strong>liter</strong>ário brasileiro, po<strong>de</strong>-se apontar a fase pré-mo<strong>de</strong>rnista como<br />

um início <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças no enfoque <strong>da</strong> <strong>liter</strong>atura nacional. Nesta fase, o regionalismo<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser puramente documental e passa a assumir uma postura mais crítica,<br />

porém, ain<strong>da</strong> liga<strong>da</strong> ao cientificismo e ao <strong>de</strong>terminismo, características <strong>da</strong>s fases<br />

realista e naturalista.<br />

Pretendia-se que a produção <strong>liter</strong>ária, a partir <strong>da</strong>quele momento, fosse mais<br />

comprometi<strong>da</strong> com a problemática do excluído, e tratasse, <strong>de</strong>ntre outros assuntos,<br />

do problema do latifúndio; <strong>da</strong> seca; <strong>da</strong>s instituições arcaicas ou sobrevivências<br />

coloniais; <strong>da</strong> exploração <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra; <strong>da</strong> violência social, representa<strong>da</strong> <strong>pel</strong>o<br />

jaguncismo, cangacerismo e misticismo fanático; <strong>da</strong> família patriarcal e <strong>da</strong>s<br />

conseqüências <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>sagregação; <strong>da</strong> corrupção e o coronelismo; e dos<br />

contrastes sociais (ANDRADE, p. 127).<br />

Esta geração <strong>liter</strong>ária, apesar <strong>de</strong> manter-se presa a possíveis mol<strong>de</strong>s realistas<br />

e naturalistas, incorporou a postura crítica <strong>da</strong> primeira fase do movimento<br />

mo<strong>de</strong>rnista.<br />

A conduta i<strong>de</strong>ológica <strong>de</strong>ste momento <strong>liter</strong>ário brasileiro, em particular, muito<br />

se assemelha aos preceitos marxistas já mencionados neste trabalho. As obras<br />

conscientemente políticas funcionavam como documentos sociológicos, e na maioria<br />

<strong>da</strong>s vezes mostravam o oprimido sob a pressão <strong>de</strong> forças atávicas que o im<strong>pel</strong>iam à<br />

aceitação fatalista do <strong>de</strong>stino.<br />

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