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Revista nº 101 (A) - IGHB

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de arma na mão nos confrontos iniciais chimangos x<br />

maragatos, na região missioneira e que se colocara contra<br />

sua candidatura ao palácio do Catete, apoiando Júlio Prestes<br />

– foi ignorada e o comando militar entregue a um oficial<br />

superior da ativa do Exército, tenente-coronel Pedro Aurélio<br />

de Góes Monteiro, comandante do 3º Regimento de Cavalaria<br />

(São Luís Gonzaga, RS), logo depois promovido a<br />

general-de-brigada e nomeado comandante da 2ª Região<br />

Militar, com jurisdição no Estado de São Paulo. A ascensão<br />

quase imediata desse oficial ao generalato foi assimilada<br />

sem grandes traumas pelos companheiros mais antigos, o<br />

que não se daria com a ocupação da chefia maior por um<br />

ex-capitão já comprometido com ideologia e conduta<br />

contrárias aos valores e métodos característicos da força<br />

terrestre nacional. O primeiro chefe militar a ser cooptado<br />

para assumir o comando terrestre da revolução foi o coronel<br />

Euclides Figueiredo (pai do futuro presidente da República<br />

João Figueiredo), comandante interino da 2ª Divisão de<br />

Cavalaria (Alegrete, RS). O coronel não aceitou a missão e<br />

foi aprisionado em Santana do Livramento, na divisa com<br />

a República Oriental do Uruguai, ao inspecionar unidades<br />

subordinadas, sendo conduzido ao Distrito Federal. Fiel às<br />

suas convicções, imediatamente passou para a reserva e<br />

asilou-se na capital argentina, retornando para comandar<br />

as tropas paulistas rebeladas em 1932, subordinado ao<br />

general Bertoldo Klinger.<br />

Outro célebre correligionário, general honorário José<br />

Antônio Flores da Cunha foi deposto pelo ditador Vargas<br />

do governo do Rio Grande do Sul, por adquirir na Alemanha<br />

05 navios a motor para seu estado. Pressentindo o perigo,<br />

Vargas nomeou interventor federal o general-de-divisão<br />

Manoel de Cerqueira Daltro Filho – natural da Bahia e excolega<br />

de bancos escolares – comandante da 3ª Região<br />

Militar (Porto Alegre), falecido logo depois. Foi substituido<br />

no cargo pelo coronel Osvaldo Cordeiro de Farias, seu chefe<br />

102<br />

Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. <strong>101</strong>, p. 95-110, 2006

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