Revista nº 101 (A) - IGHB

Voltando, defendeu a livre docência obtendo também o
doutorado, em 1959, com a tese Efeitos das taxas múltiplas
de câmbio, publicada em inglês e depois em português pela
nossa Editora Progresso. A política das taxas múltiplas de
câmbio foram utilizadas, nacionalmente, até a famosa
Portaria 204, do ministro Clemente Mariani, no governo
Jânio Quadros. Foi professor catedrático da Ufba.
Profissionalmente, ocupou-se do comércio de gêneros
alimentícios, trabalhou no Banco Econômico e na firma
Morgenroth Lione, em exportação de fumo e cacau e do
Banco de Crédito da Bahia. Em 1974, ingressou na Construtora
Norberto Odebrecht, onde permanece, integrando
o seu Conselho de Administração.
No serviço público, destacam-se algumas realizações.
Em 1962, foi assessor do ministro da Fazenda, Miguel Calmon
du Pin e Almeida Sobrinho, no regime parlamentarista,
durante os gabinetes Brochado da Rocha e Hermes Lima.
De 1964 a 1966, foi secretário do Desenvolvimento da Bahia
e em seguida presidente do Banco de Desenvolvimento da
Bahia (Desenbanco). Em 1973, foi consultor do projeto de
recuperação dos A lagados. Em todos esses cargos, foi
significativa a sua contribuição. De 1972 a 1976, ocupouse
da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, como provedor,
em especial, dos idosos, quando construiu um moderno
pavilhão para albergá-los.Empreendeu o equilíbrio das
despesas, valorizou o patrimônio cultural com seu precioso
arquivo, quadros e alfaias.
Tanto na vida acadêmica, profissional, como principalmente,
na empresarial, Victor Gradin tem demonstrado uma
firme liderança que se caracteriza pela invulgar capacidade
de tomar decisões.
Homem culto, viajado, lido e relido, reparte convivialidade
com a sua esposa Grace, com os três filhos, Bernardo
com Adriana, Miguel e Ana com Jean-Marc, com os cinco
netos e os amigos. Neste Instituto, Grace e Vitor Gradin
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Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. 101, p. 245-250, 2006