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Revista nº 101 (A) - IGHB

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sobre formas de obtenção de crédito e de possibilidades de<br />

abertura de pequenos negócios possíveis de concretização.<br />

Esse espaço, ainda vazio na universidade moderna que<br />

prioriza cursos para gestores de Ong’s em detrimento de<br />

grupos comunitários para gerir suas próprias vidas, ignora<br />

necessidades de formação não atendidas pelos cursos<br />

profissionalizantes oferecidos nas periferias de cidades<br />

como Salvador, que não dão conta, em termos de treinamento<br />

para a inserção profissional de grupos de baixa renda<br />

“descartados” do saber “superior”.<br />

Nessa concepção de maior participação da universidade<br />

se advoga o comprometimento do saber cientifico em<br />

direção a um maior compromisso com a sociedade como<br />

todo o que inclui o povo além das elites.<br />

No caso do Brasil e de outros contextos similares, não<br />

se pode esquecer que a população é majoritariamente formada<br />

pelas classes populares, em que se incluem os jovens<br />

pobres geralmente moradores da periferia. São esses setores<br />

excluídos, do processo de formação em níveis desejáveis<br />

de qualificação nos moldes valorizados pelo mercado de<br />

trabalho que exigem repensar a educação para atender<br />

novas demandas sociais.<br />

Direcionamentos conclusivos<br />

A proposta defendida neste artigo é a de promoção de<br />

um modelo associativo de educação que permita introduzir<br />

mudanças no quadro geral de atividades educacionais<br />

universitárias para que estas possam interagir com as comunidades<br />

periféricas de forma contínua. O objetivo é produzir<br />

tipos de conhecimento, numa ação conjunta e complementar,<br />

entre diferentes propostas de educação como a<br />

formal e a não – formal, priorizando-se, sobretudo, a comunicação<br />

entre as comunidades, a universidade e outras<br />

instituições interessadas no social, sem interesses assistencialistas.Trata-se,<br />

portanto de democratizar o conhecimento<br />

182<br />

Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. <strong>101</strong>, p. 171-184, 2006

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