Revista nº 101 (A) - IGHB

Paraíba do Sul, no Brasil, licenciou-se em Direito Canônico
na Universidade de Coimbra reformada e sagrou-se bispo
em 1794; no ano seguinte tomou posse como prelado da
diocese de Olinda, onde chegou apenas em 1798. Conseguiu
do Príncipe Regente que lhe fossem cedidos a igreja e
colégio que haviam pertencido aos jesuítas naquela cidade,
e neste mesmo ano de 1798 obteve licença para fundar um
Seminário episcopal aí. Cartas Régias autorizavam que os
professores do seminário de sua diocese fossem pagos pelo
cofre do Subsídio Literário e uma delas nomeava aquele
prelado como Diretor Geral dos Estudos da capitania de
Pernambuco. O seminário de Olinda foi solenemente inaugurado
em 10 de junho de 1800, nos moldes da mais moderna
linha iluminista. O seu currículo incluía: latim, grego,
francês, retórica, poética, geografia, cronologia e história
universal, desenho, lógica, metafísica, ética, matemática
pura, história natural, sagrada e eclesiástica, teologia dogmática
e moral e cantochão. (CARRATO, 1968, p. 154, nota
62, NISKIER, 1989, p.64 e ALVES, 2000, p.61/2).
Conclusão
Em 24 de fevereiro de1777, faleceu em Lisboa o rei D.
José I, sendo sucedido por sua filha, D. Maria I. Pombal foi
afastado do poder e chegou até a ser processado.
Um dos derradeiros planos de Sebastião José de
Carvalho e Melo – já que d. Maria I e seu tio e marido, o
infante d. Pedro, irmão de d. José I, não lhe eram favoráveis
– fora tentar convencer a rainha a renunciar em favor do
seu filho mais velho, d. José, considerado discípulo de
Pombal, por ter sido orientado em sua educação por frei
Manuel do Cenáculo Vilas Boas, um dos grandes colaboradores
do ministro. Mas esta esperança de Pombal – o
príncipe d. José – faleceu em 1788, dois anos após o seu
pai, d. Pedro, óbitos estes que levaram a rainha a perder o
juízo e ser substituída no governo pelo seu outro filho, d.
Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. 101, p. 71-94, 2006
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