Revista nº 101 (A) - IGHB

léguas) do porto fluvial Cachoeira; dificuldades para se
transportar o material oriundo da metrópole e de tudo
necessário que se destinava ao Recôncavo (APEB. Ordens
Régias, liv. 21, p. 142-143).
Preocupado com os gastos da Fazenda Real nos
ordenados de novos oficiais, Vasco César deliberou não criar
os cargos, e manter apenas os dois fundidores vindos de
Lisboa. E, desse modo, protelou a execução do que determinava
a provisão régia, enquanto permaneceu como vicerei
do Brasil, preferiu instalar a casa de fundição na Cidade
da Bahia, onde funcionava a casa da moeda, desde 1714.
Mas, continuava empenhado na pesquisa mineral. Em 13
de setembro de 1728 comunicou ao rei, novas investidas,
“nos certoens do Rio das Contas, Rio Pardo, Rio Verde e
cabeceyras do São Mateus”, ainda territórios baianos,
empreendimento confiado ao coronel Pedro Leolino Mariz,
nomeado superintendente das Minas Novas, que descobrira.
Mas, em resolução de 17 de maio do ano seguinte o governo
metropolitano confirmou a vinculação dessas minas à Bahia
e determinou ao ouvidor de Serro Frio subordinar-se interinamente
à circunscrição dessa capitania.
Como expressão da sua satisfação pelo desempenho do
zeloso vice-rei, D. João V confirmou Pedro Leolino Mariz
no cargo de superintendente e revelou sua preocupação com
a defesa das Minas Novas, em correspondência de 21 de
maio de 1729. Solicitou-lhe informação sobre suas distâncias
dos portos de marinha e das povoações em torno delas
e ordenou-lhe que determinasse a engenheiros elaborarem
mapas “muy distinctos dellas” (AHU-ACL-CU-005. Cx. 34,
Doc. 3.093). Em resposta o vice-rei alegou falta de profissionais
para execução da tarefa. O mestre-de-campo dos
engenheiros, Miguel Pereira da Costa viajara enfermo para
Portugal e não fora substituído. A preocupação com a defesa
da colônia era antiga e aumentava com o surto de novas
jazidas. Já em 1711 proibiu naus estrangeiras de aportarem
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Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. 101, p. 123-146, 2006