17.04.2013 Views

Revista nº 101 (A) - IGHB

Revista nº 101 (A) - IGHB

Revista nº 101 (A) - IGHB

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

do general Bertoldo Klinger por terra, ao tempo em que a<br />

Marinha bloqueava o porto de Santos. Seja como for, a<br />

sociedade brasileira conquistaria em São Paulo, já em 1933,<br />

a convocação da Assembléia Nacional Constituinte, reunida<br />

no ano posterior, conferindo ao governo federal prerrogativas<br />

legais, como vimos.<br />

Em março de 1935, militantes comunistas e simpatizantes<br />

dessa ideologia fundaram a Aliança Nacional Libertadora<br />

(ANL) e o ex-capitão Luís Carlos Prestes foi aclamado<br />

seu presidente de honra, lançando na ocasião contundente<br />

manifesto que preconizava a derrubada pela força do<br />

governo da União. Em contrapartida, no mês seguinte, o<br />

presidente Vargas editou a primeira Lei de Segurança<br />

Nacional a vigir no país. Ainda nesse mês, ingressaram<br />

clandestinamente no Brasil, enviados pelo Komintern –<br />

cúpula dirigente do comunismo internacional, criada por<br />

Vladimir Lenin (1919) – para conduzir uma sublevação<br />

armada onde fosse possível, Luís Carlos Prestes, exilado na<br />

capital soviética, que aderira ao Partido Comunista Brasileiro<br />

(PCB), no ano anterior, e os comissários de nacionalidade<br />

germânica Arthur Ewert (Harry Berger) e Olga Benário.<br />

O Brasil mantinha relações diplomáticas normais com<br />

o poderoso III Reich, regime vigente naquele país, reconhecido<br />

internacionalmente e agente de crimes contra a<br />

humanidade, hoje condenados unanimemente pela opinião<br />

publica mundial. Em julho de 1935, Vargas fechou a ANL,<br />

o que não impediu a deflagração da Intentona Comunista<br />

de 27 Nov seguinte, resultando na morte de vários militares<br />

que resistiram à rebelião. No inicio de 1936, foi organizado<br />

o Tribunal de Segurança Nacional, ligado ao poder executivo,<br />

que julgou e condenou os envolvidos na revolta detonada<br />

naquela sangrenta madrugada em quartéis do Nordeste<br />

(Natal e Recife) e do Distrito Federal, a seguir. Vargas acompanhou<br />

o féretro das vítimas fatais do levante comunista,<br />

chegando a pegar na alça de uma das urnas funerárias.<br />

106<br />

Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. <strong>101</strong>, p. 95-110, 2006

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!