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Revista nº 101 (A) - IGHB

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cidades. Mesmo que essa venha a ser tendência no Sul e<br />

Sudeste, onde os índices de educação são mais elevados,<br />

ainda não se percebe do Rio de Janeiro para o Nordeste e<br />

Norte, onde a população das favelas continua a crescer. A<br />

propósito, vale ilustrar que, entre os residentes no Bairro<br />

da Paz, em Salvador, 24% dos partos são de mães com<br />

menos de 18 anos. Há, aí, o reflexo de uma confluência da<br />

liberdade sexual, com escassez de educação e pouca agregação<br />

familiar.<br />

Enquanto de São Paulo para o Sul a população brasileira<br />

tende a se estabilizar, com 2 filhos ou menos por mulher,<br />

como nos países da Europa e Estados Unidos, do Rio de<br />

Janeiro para o Nordeste e Norte continua a crescer, mesmo<br />

sem oportunidades de emprego e trabalho, ou sequer de<br />

educação adequada. Quiçá, sobretudo, até por falta de<br />

educação adequada.<br />

Nesse contexto, ocorrem, simultaneamente, movimentos<br />

que compensam, de um lado a redistribuição de renda em<br />

favor dos mais pobres e necessitados, refletindo um impulso<br />

para menor desequilíbrio de renda no país, de outro, o maior<br />

crescimento da população entre os mais pobres e miseráveis,<br />

com pouca ou nenhuma condição de educar seus filhos,<br />

o que agrava a desigualdade na distribuição de renda e adia<br />

as soluções.<br />

Problemas e sintomas de uma fase de transição<br />

Mas há outros sintomas que merecem atenção. Neste<br />

ano de 2004 estão sendo vendidos 20 milhões de telefones<br />

celulares no Brasil. Se raciocinássemos como no passado,<br />

de 4 pessoas por unidade familiar, estaríamos a incorporar<br />

80 milhões de pessoas, ou metade da população brasileira<br />

ao uso do telefone em apenas um ano. Que revolução!<br />

Ressalto agora em outras palavras.<br />

O dinamismo atual da economia brasileira surge da livre<br />

iniciativa, sem promoção de Governos, e mesmo para<br />

324<br />

Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. <strong>101</strong>, p. 319-330, 2006

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