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Revista nº 101 (A) - IGHB

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embora a esta “pertensa privativamente a extracção dos<br />

seus frutos”.<br />

Luis Cantofer continuava, pois, com os seus importantes<br />

negócios, agora firmados em quatro continentes: a Europa,<br />

a África, a Ásia e a América. Na parca documentação portuguesa<br />

que se lhe refere, não há menção ao trato de escravos<br />

mas os indícios nesse sentido são vários, como vimos. Se<br />

Versailles recusou, duvidando que os seus particulares<br />

interesses ficassem suficientemente salvaguardados ao aceitar<br />

o projecto deste notável empreendedor que, em três anos,<br />

de 1771 (data da sua chegada a Lisboa) a 1774 conquistara<br />

tais e tantos favores do poderoso ministro de D. José, é lícito<br />

supor que ele não tenha desistido dos seus intentos – e negros<br />

capturados ou adquiridos na costa oriental da Africa tenham<br />

tido, ao fim e ao cabo, como destino final, não Santo Domingo<br />

ou outras colónias francesas, mas os mercados de escravos<br />

da Bahia, do Rio de Janeiro, de Olinda ou do Recife. De<br />

momento, é pura especulação minha, mas constitui, sem<br />

dúvida, larga matéria para investigação futura.<br />

232<br />

Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. <strong>101</strong>, p. 212-230, 2006

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