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Revista nº 101 (A) - IGHB

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pública ao jovem de baixa renda constitui um fator de<br />

exclusão desses segmentos no mercado de trabalho, promovendo<br />

o aprofundamento das questões sociais.<br />

Segmentos jovens pobres, educação não formal e possíveis<br />

ações complementares da universidade.<br />

A baixa escolaridade e a falta de recursos para bancar<br />

qualquer outra tentativa de formação, reserva a esses segmentos<br />

o acesso a cursos profissionalizantes de caráter gratuito,<br />

quase sempre na área de educação não formal, oferecidos<br />

nas comunidades onde vivem. Tais opções diante da<br />

escassez de empregos e crescimento da informalidade são<br />

ações questionáveis em termos de resultados práticos na<br />

vida de seus destinatários, situação que varia de forma<br />

peculiar em relação a cada região ou país, dependendo de<br />

sua trajetória histórica e tomada de decisões políticas das<br />

elites no poder.<br />

A oferta de uma educação popular com base na profissionalização<br />

por via não formal, que vem sendo disponibilizada<br />

a segmentos mais pobres em comunidades como<br />

Novos Alagados na periferia de Salvador capital da Bahia,<br />

precisa ser acompanhada por uma proposta de desenvolvimento<br />

social.<br />

Desenvolver ações com este direcionamento exige a<br />

revisão de conceitos como pobreza, desigualdade e marginalidade,<br />

enquanto fatores impeditivos do exercício da<br />

cidadania e, portanto, propagadores da violência que sofre<br />

o ser humano excluído do mercado de trabalho, condenado<br />

a vários tipos de privações.<br />

Pobreza se contrapõe à definição baseada pura e simplesmente<br />

em critérios de insuficiência de renda para suprir<br />

necessidades básicas. É uma situação de precariedade, de<br />

qualidade de vida, que gera baixa-estima e degradação do<br />

ser humano. É de certa forma um parâmetro de medição<br />

que permite estabelecer uma escala de distribuição de renda<br />

178<br />

Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. <strong>101</strong>, p. 1-350, 2006

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