17.04.2013 Views

Revista nº 101 (A) - IGHB

Revista nº 101 (A) - IGHB

Revista nº 101 (A) - IGHB

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

uma sucessão de comunhão de bens. A mulher aceitava<br />

essas condições declarando-se contente e concordando com<br />

a escritura, prometendo jamais revogar, retirar ou contradizer,<br />

tanto por ela como por seus herdeiros (APEB, Livro<br />

de Notas 273, fl. 138v).<br />

Em escrituras de contratos de dote e arras de 1825, D.<br />

Antonia Maria do Espírito Santo, viúva, ao contrário do que<br />

acontecia em geral, fez doação a Manuel Joaquim Vila Lobo<br />

da quantia de 8:000$000 (oito contos de reis) para casar na<br />

forma da igreja, casal que seria obrigado a satisfazer as<br />

dívidas que haviam contraído antes do matrimônio. E logo<br />

foi dito que ele aceitava a escritura de dote com todos os<br />

direitos e obrigações ditas. Sendo assim era o marido que<br />

recebia a quantia dotal para sobrevivência (APEB, Livro de<br />

Notas 213, fl. 134). Um episódio diferente de todos os outros.<br />

Outra escritura encontrada nos Livros de Notas dos<br />

Tabeliães foi a que acertou o Dr. Francisco Xavier Lemos<br />

de Macedo com sua mulher Maria Angélica Tomás de<br />

Macedo. Foi em 1839, em 21 de janeiro que veio o tabelião<br />

às casas em frente ao teatro, que era a residência de<br />

Francisco Xavier. Nascido em Leiria, casou-se com uma<br />

francesa de Fontainebleau, e passou a exercer vida comercial<br />

na França. Doava no contrato de dote e arras toda sua<br />

disponibilidade em moeda francesa, á sua mulher, para<br />

assegurar sua subsistência. Francisco Xavier nessa época<br />

encontrava-se muito enfermo, mas no seu juízo perfeito.<br />

Ainda não era casado, por no contrato registrado obriga-se<br />

logo a casar em face da Igreja, e do Concilio Tridentino,<br />

Em diversas casa francesas, Xavier menciona seus dividendos<br />

como Mr. Aillaud, Père Lafite, bancos, quantia essa que<br />

passaria direto à sua mulher, pelos trabalhos exercidos junto<br />

a ele. Eram cerca de 2.600 francos anuais (APEB, Livro de<br />

Notas 260, fls. 52v, 53).<br />

Registrado nos Livros de Notas está uma escritura antenupcial<br />

de dote e arras que celebravam um contrato entre<br />

70<br />

Rev. Inst. Geogr. Hist. Bahia, Salvador, v. <strong>101</strong>, p. 53-70, 2006

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!