docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM
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passei a primeira série e a segunda série, ela tem uma outra<br />
visão da minha pessoa [...] (HÉSTIA).<br />
No tocante ao modo como percebem o seu próprio trabalho na <strong>inclusão</strong>, a<br />
maior parte <strong>de</strong>ssas profissionais relata que este é <strong>de</strong> natureza árdua e ao<br />
mesmo tempo gratificante, exigindo comprometimento, abertura,<br />
<strong>de</strong>sprendimento, atenção e envolvimento para com a existência do outro.<br />
É fica muito <strong>de</strong>sgastante né, é que a escola também ainda não<br />
estava capacitada pra receber esses alunos ca<strong>de</strong>irantes, então<br />
precisava <strong>de</strong> um banheiro a<strong>de</strong>quado a ela que se conseguiu, se<br />
conseguiu as rampas que facilitou a subida e a <strong>de</strong>scida da<br />
ca<strong>de</strong>ira e que antigamente não tinha eu tinha que fazer a volta<br />
por aqui e a mãe <strong>de</strong>la também (HÉSTIA).<br />
Exige um acompanhamento bastante individualizado porque<br />
tenho que sentar perto, por mais que eles trabalhem em grupo,<br />
eu tenho que estar sempre dando uma supervisionada, um<br />
atendimento mais individualizado, mais especial, exige bastante,<br />
muito, os outros (alunos regulares) acabam <strong>de</strong> fazer e ficam<br />
esperando e a gente tem que estar ali com eles (alunos<br />
incluídos) e tu aten<strong>de</strong> um, aten<strong>de</strong> outro e o esforço é redobrado<br />
(ATENA).<br />
[...] então tem dias que é bastante <strong>de</strong>sgastante [...] (AFRODITE)<br />
[...] ele exige uma atenção maior enten<strong>de</strong>, como se a gente<br />
tivesse, são vinte e quatro alunos, vinte e seis olhos, porque<br />
esse meu incluído precisa <strong>de</strong> quatro em cima <strong>de</strong>le, não <strong>de</strong> dois<br />
[...] (HERA).<br />
Nessa direção, a prática da <strong>inclusão</strong> surge como um <strong>de</strong>safio, uma tarefa<br />
em que é preciso consi<strong>de</strong>rar o que, à revelia da lei, acontece.<br />
É um <strong>de</strong>safio para o próprio professor, porque ele (o aluno)<br />
estimula o professor a procurar, a se capacitar para vencer essas<br />
etapas, o que se torna muito difícil, muitas vezes, e nem sempre<br />
a gente consegue, mas sempre, alguma coisa a gente consegue<br />
[...]. Isso é uma tarefa árdua pro professor, não é tão fácil quanto