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docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM

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As contribuições <strong>de</strong> Gendlin auxiliaram na consolidação <strong>de</strong> alguns<br />

pressupostos introduzidos por Rogers, ao mesmo tempo em que o levaram a<br />

revisar e reformular outros, como o próprio conceito <strong>de</strong> autenticida<strong>de</strong> ou<br />

congruência, concebido não mais como uma equação entre o organismo e a<br />

consciência, mas como um modo <strong>de</strong> experienciar a si mesmo num dado instante<br />

(DUTRA, 2000).<br />

Para Gendlin, a autenticida<strong>de</strong> representa a abertura ao mundo, a abertura<br />

às <strong>experiência</strong>s, ao vivido, e não mais, a simbolização <strong>de</strong> processos<br />

conscientes. É um modo <strong>de</strong> viver a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira plena e imediata, tal<br />

como ela flui no momento, possibilitando que os valores da pessoa procedam <strong>de</strong><br />

seu organismo, sem que isso implique uma renúncia dos valores e significados<br />

sociais (REZOLA, 1975). Sob essa perspectiva, estar em congruência<br />

pressupõe uma abertura ao fluxo <strong>de</strong> <strong>experiência</strong>s, e não mais a simples<br />

concordância entre <strong>experiência</strong> e consciência.<br />

Dutra (2000) nos lembra que o conceito <strong>de</strong> self foi revisto pelo próprio<br />

Rogers, a partir das influências do pensamento <strong>de</strong> Eugene Gendlin. Tal revisão<br />

<strong>de</strong>nota que o conceito <strong>de</strong> self <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> <strong>ser</strong> uma mera percepção <strong>de</strong> si, e passa a<br />

priorizar a dimensão subjetiva, ao mesmo tempo em que parece contemplar o<br />

estar no mundo do indivíduo.<br />

Assim sendo, po<strong>de</strong>mos afirmar que, longe <strong>de</strong> <strong>ser</strong> uma estrutura rígida e<br />

imutável, o self é uma entida<strong>de</strong> passível <strong>de</strong> novas configurações, mediante as<br />

<strong>experiência</strong>s com as quais o sujeito vai se <strong>de</strong>parando ao longo <strong>de</strong> sua<br />

existência. Vale dizer, uma vez mais que, conforme postula Rogers, a conduta<br />

do indivíduo encontra-se ancorada num processo perceptivo mutável na relação<br />

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