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docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM

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Nesse sentido, Carvalho (2004a) alerta que <strong>de</strong>vemos ter cuidado com a<br />

construção <strong>de</strong> nossas narrativas em torno da escola inclusiva, a fim <strong>de</strong><br />

evitarmos que certas práticas confiram à escola o sentido <strong>de</strong> espaço físico, <strong>de</strong><br />

cenário, que visa introduzir alunos, dantes excluídos <strong>de</strong> seu interior. Consoante<br />

a esse pensamento, a autora nos diz que a noção <strong>de</strong> escola inclusiva implica,<br />

indubitavelmente, na mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s frente às diferenças individuais e<br />

coloca:<br />

Escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num<br />

sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças<br />

individuais, respeitando as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> qualquer dos alunos.<br />

Sob essa ótica, não apenas portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência <strong>ser</strong>iam<br />

ajudados e sim todos os alunos que, por inúmeras causas,<br />

endógenas ou exógenas, temporárias ou permanentes,<br />

apresentem dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem ou no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento (CARVALHO, 2004a, p. 29).<br />

Nessa direção, é importante que se resgate o conceito <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s<br />

educacionais especiais. O uso <strong>de</strong>ssa expressão, em substituição a outras como<br />

“excepcional” ou “<strong>de</strong>ficiente”, <strong>de</strong>nota avanços, visto que possui conotações<br />

distintas daquelas implícitas no conceito <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência (CARVALHO, 2004b).<br />

Assim, a <strong>de</strong>nominação necessida<strong>de</strong>s educacionais especiais mostra-se mais<br />

abrangente, pois nessa perspectiva, as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> <strong>ser</strong> vistas como<br />

marcas in<strong>de</strong>léveis “fixadas” no sujeito, para <strong>ser</strong>em reconhecidas em seus<br />

aspectos situacionais e relacionais.<br />

Segundo Coll, Marchesi e Palacios (2004), o termo necessida<strong>de</strong>s<br />

educacionais especiais começou a <strong>ser</strong> utilizado na década <strong>de</strong> 60, como forma<br />

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