18.04.2013 Views

docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM

docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM

docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

motoras, po<strong>de</strong>rão, em <strong>de</strong>terminado momento, conflitar o professor com o seu<br />

saber-fazer, exigindo-lhe construir uma série <strong>de</strong> estratégias, a fim <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às<br />

<strong>de</strong>mandas que se configuram no trabalho junto ao aluno com necessida<strong>de</strong>s<br />

educacionais especiais. Estas ações, por sua vez, são subsidiadas, <strong>de</strong> um modo<br />

geral, pelas representações que o docente tem acerca <strong>de</strong> si mesmo, e pelo<br />

sistema <strong>de</strong> crenças e valores pessoais <strong>sobre</strong> o ensino.<br />

Nesses mol<strong>de</strong>s, enten<strong>de</strong>-se que o modo como o professor irá lidar com as<br />

<strong>de</strong>mandas, oriundas da <strong>inclusão</strong>, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá do suporte institucional e<br />

acadêmico recebido, bem como dos recursos psicológicos que ele dispõe para<br />

lidar com dada situação, visto que a <strong>inclusão</strong> caracteriza-se, enquanto uma<br />

realida<strong>de</strong> na qual o professor, não raro, é remetido à sua condição humana, <strong>de</strong><br />

<strong>ser</strong> incompleto, inacabado, um <strong>ser</strong> <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s, mas, também <strong>de</strong><br />

limitações.<br />

Sobre isso, Amaral (1994) nos diz que o outro <strong>de</strong>ficiente é a própria<br />

encarnação da assimetria, do <strong>de</strong>sequilíbrio e “<strong>de</strong>s-funções” que ameaçam,<br />

intrinsecamente, as bases da existência do outro. Ele representa a consciência<br />

da imperfeição, daquele que vê refletido no outro, suas próprias carências e<br />

fragilida<strong>de</strong>s. Sob esse viés, o aluno que, supostamente, não apren<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>rá,<br />

em algum momento, trazer à tona dificulda<strong>de</strong>s e sentimentos, inerentes à<br />

personalida<strong>de</strong> e história <strong>de</strong> vida do professor.<br />

Segundo Ferre (2001), o que é diferente salta aos olhos, incomoda. A<br />

presença <strong>de</strong> <strong>ser</strong>es consi<strong>de</strong>rados diferentes aos <strong>de</strong>mais, caracterizados pelo<br />

“espelhismo da normalida<strong>de</strong>”, é vivida como uma gran<strong>de</strong> perturbação. Sobre<br />

isso a autora <strong>de</strong>staca:<br />

62

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!