docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM
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Nesse sentido, convém nos reportarmos a Rogers (1971) no momento em<br />
que pontua que as pessoas, para apren<strong>de</strong>rem, terão que sentar juntas, se encontrar,<br />
trocar <strong>experiência</strong>s. Nessa perspectiva, o autor <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que não caberiam mais<br />
exames, notas e créditos. Abolir-se-iam, ainda, os diplomas, dados como títulos <strong>de</strong><br />
competência, contraponto, segundo ele, <strong>de</strong> uma aprendizagem crescente e<br />
continuada.<br />
Na vertente <strong>de</strong>sse pensamento Afrodite enten<strong>de</strong> que não basta ao professor<br />
que trabalha com a <strong>inclusão</strong>, uma formação conteudista, um título apenas e<br />
enfatiza a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um compromisso ético-político <strong>de</strong>sse profissional o<br />
que extrapola a formação “especializada”.<br />
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[...] não adianta uma professora ter o título <strong>de</strong> especialização<br />
naquela área se ela não se... como é que eu vou dizer... se ela<br />
não se i<strong>de</strong>ntifica. Ela faz o curso, a gente vê aos montes por aí<br />
que fazem o curso, na verda<strong>de</strong> não se i<strong>de</strong>ntificam com a área,<br />
então eu vejo assim, e muitos que não fizeram e fazem um<br />
trabalho muito melhor. Primeira coisa é comprometimento acho,<br />
força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> né, interesse, porque não é o título que vai te<br />
dar a competência pra trabalhar. Eu acho que não é o título,<br />
porque eu sei, eu tenho consciência que tem colegas, eu tenho<br />
amigas formadas e eu sei que eu procuro dar muito mais atenção<br />
pros alunos do que umas que tem título específico pra trabalhar<br />
só com aquele tipo <strong>de</strong> criança. Po<strong>de</strong>riam fazer muito mais, mas<br />
não se comprometem com aquilo que elas escolheram pra vida<br />
<strong>de</strong>las, profissional (AFRODITE).<br />
A discussão <strong>de</strong>ssa temática nos faz pensar na relevância <strong>de</strong>sse estudo,<br />
na medida em que nos remetemos a algumas falas que explicitam os<br />
significados do trabalho <strong>de</strong> pesquisa, on<strong>de</strong> as professoras dizem do sentido<br />
<strong>de</strong>ssa investigação, enquanto momento/espaço <strong>de</strong> reflexão e (auto)formação.