docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM
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enten<strong>de</strong>sse as necessida<strong>de</strong>s que ele tem, que ele apresenta,<br />
mas que também, mas que fosse um pouco, um pouco não, que<br />
exigisse bastante <strong>de</strong>le e que me procurasse, que conversasse<br />
comigo, sei que eu, no caso como mãe, não ia dar oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ssa professora me procurar, porque eu ia estar todo dia<br />
procurando, “enchendo o saco”, eu procurando, enten<strong>de</strong>u, mas<br />
eu gostaria, basicamente, <strong>de</strong>ssas três, que tivesse paciência,<br />
que tivesse ciência do problema <strong>de</strong>le, e que me procurasse<br />
bastante ou que aceitasse a minha ajuda pra favorecer o trabalho<br />
<strong>de</strong>la e, no caso, o <strong>de</strong>senvolvimento do meu filho (HERA).<br />
Ancorados nos fragmentos acima, fica nítido que ambas as instituições,<br />
escolar e familiar, precisam estar dispostas a encontrar novas formas <strong>de</strong><br />
relacionamento, alicerçando-se na compreensão <strong>de</strong> que, com a <strong>inclusão</strong>,<br />
vivemos a eminência do encontro e da abertura ao outro, on<strong>de</strong> terão que<br />
apren<strong>de</strong>r a lidar com as vicissitu<strong>de</strong>s presentes nessa relação, fazendo <strong>de</strong>la, algo<br />
profícuo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> todos, <strong>sobre</strong>tudo, do aluno.<br />
É chegada a hora, pois, <strong>de</strong> ações conjuntas que primem pela valorização<br />
e cooperação entre toda a comunida<strong>de</strong> escolar, numa relação franca e aberta<br />
para a realização <strong>de</strong> um trabalho comprometido com o melhor <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do aluno, pois “uma estreita e eficaz colaboração com os pais constitui também<br />
um aspecto fundamental do trabalho docente” (MAZZOTA, 1996, p. 55).<br />
E como a própria Declaração <strong>de</strong> Salamanca já previa, o envolvimento dos<br />
pais <strong>de</strong>ve <strong>ser</strong> incentivado e orientado, <strong>de</strong> modo a que eles também se<br />
responsabilizem pela educação dos seus filhos. Compete à escola encorajá-los<br />
a participar em ativida<strong>de</strong>s educacionais, ou seja, é preciso que esta instituição<br />
“re<strong>de</strong>scubra” o papel da família, bem como ela mesma necessita “re-<strong>de</strong>scobrir-<br />
se” como parte da ação inclusiva/educativa, autorizando-se a participar, isto é,