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docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM

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Ninguém se forma no vazio. Formar-se supõe troca, <strong>experiência</strong>,<br />

interações sociais, aprendizagem, um sem fim <strong>de</strong> relações. Ter<br />

acesso ao modo como cada pessoa se forma é ter em conta a<br />

singularida<strong>de</strong> da sua história e, <strong>sobre</strong>tudo o modo singular como<br />

age, reage e interage com os seus contextos. Um percurso <strong>de</strong><br />

vida é assim um percurso <strong>de</strong> formação, no sentido em que é um<br />

processo <strong>de</strong> formação (MOITA, 1992, p.115).<br />

Isso nos remete à concepção <strong>de</strong> que o professor é um <strong>ser</strong> incompleto e<br />

inacabado em permanente <strong>de</strong>vir e, ao interagir com o mundo social, constrói,<br />

ativamente, ao longo <strong>de</strong> sua trajetória, valores, crenças, idéias, concepções e<br />

saberes acerca <strong>de</strong> seu contexto, que <strong>ser</strong>virão <strong>de</strong> base para exercício <strong>de</strong> sua<br />

profissão. Sob esse viés, o <strong>de</strong>senvolvimento pessoal não está dissociado do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento profissional, ao contrário, numa relação <strong>de</strong> reciprocida<strong>de</strong>,<br />

constroem-se, conjunta e concomitantemente, ao longo do ciclo vital do sujeito,<br />

cujo eixo interseccional parece <strong>ser</strong> a relação com o outro.<br />

Sobre isso, vale lembrar as palavras <strong>de</strong> Arroyo (2002):<br />

As lembranças dos mestres que tivemos po<strong>de</strong>m ter sido nosso<br />

primeiro aprendizado como professores. [...] A figura da<br />

professora, do professor é das mais próximas e permanentes em<br />

nossa socialização. [...] Repetimos traços <strong>de</strong> nossos mestres<br />

que, por sua vez, já repetiam traços <strong>de</strong> outros mestres. Esta<br />

especificida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> nossa socialização profissional<br />

nos leva a pensar em algumas marcas que carregamos<br />

(ARROYO, 2002, p. 124).<br />

Po<strong>de</strong>mos afirmar, portanto, que a gênese da formação <strong>de</strong> professores<br />

não se localiza nos cursos <strong>de</strong> formação inicial, mas sim, na própria trajetória <strong>de</strong><br />

vida do docente. Isso nos remete novamente à idéia <strong>de</strong> que o “tornar-se”<br />

professor é uma construção que tem a marca das inúmeras relações por ele<br />

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