docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM
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Segundo Mantoan (2001), a dicotomia entre ensino regular e ensino<br />
especial existe nas escolas e nos cursos <strong>de</strong> formação, a qual <strong>de</strong>fine mundos<br />
diferentes que conduzem à idéia <strong>de</strong> que, o ensino do aluno com <strong>de</strong>ficiência e<br />
com dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong>ntre outros, exige conhecimentos e<br />
<strong>experiência</strong> fora do alcance dos professores <strong>de</strong> classes regulares.<br />
153<br />
Bom, a questão da <strong>inclusão</strong> a gente pe<strong>de</strong> sempre pras<br />
educadoras especiais, até porque são as professoras que<br />
trabalham com os alunos fora da classe. Esse ano eu conversei<br />
com a L. e ela me passou como a gente po<strong>de</strong> trabalhar, como é<br />
que não, até porque no início... a gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> que eu vejo<br />
é que a gente recebe os alunos e não recebe nenhum laudo,<br />
nenhum parecer, alguém que te diga assim, esse aluno ele vai lá<br />
pra tua sala e ele tem Síndrome <strong>de</strong> Down ou ele tem visão subnormal,<br />
não tem assim um parecer dizendo o que essa criança<br />
po<strong>de</strong>, quais são as limitações que ela tem, algo mais palpável.<br />
Tu tens meio que buscar e adivinhar. Até porque na primeira<br />
semana que a A.P. ficou na minha sala, eu tentei colocar ela<br />
perto do quadro porque achei que ela enxergasse no quadro e<br />
<strong>de</strong>pois eu vi que ela não enxergava no quadro, mas isso aí eu<br />
não precisava ter ficado uma semana tentando fazer ela copiar<br />
do quadro, isso é o básico né. Tempo eu acho que a gente tem<br />
pra se reunir, acho que falta organizar isso <strong>de</strong> uma maneira que<br />
a gente se encontre pra discutir, pra conversar esses assuntos,<br />
pelo menos no início do ano, final do ano, enfim, mas eu busco<br />
sempre com o pessoal da classe especial, eu busco ler algumas<br />
coisas também, mas o mais palpável é a pessoa que trabalha<br />
com esse aluno na sala <strong>de</strong> recursos né (ÁRTEMIS).<br />
Essa professora faz questão <strong>de</strong> frisar que a <strong>inclusão</strong> <strong>ser</strong>á possível<br />
mediante o acompanhamento <strong>de</strong> um profissional especializado, no caso, as<br />
educadoras especiais que atuam na escola. A dificulda<strong>de</strong> parece residir,<br />
contudo, na falta <strong>de</strong> meios institucionalizados para que essa comunicação<br />
aconteça, permitindo uma maior flui<strong>de</strong>z nas informações, as quais po<strong>de</strong>riam<br />
incidir na forma <strong>de</strong> um laudo ou <strong>de</strong> um parecer <strong>de</strong>scritivo.