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docência e inclusão: reflexões sobre a experiência de ser ... - UFSM

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(PERRENOUD, 1999, p. 32). Ou seja, não se trata apenas <strong>de</strong> oportunizar aos<br />

docentes, atualização contínua. Incluir vai implicar na renúncia a conteúdos que<br />

vinham sendo do domínio do professor durante anos, ao passo que precisam<br />

estar abertos à incorporação <strong>de</strong> novos saberes.<br />

Enfrentar situações diversas requer competências 7 também<br />

diversas, e estas não <strong>ser</strong>ão constituídas pela simples<br />

transferência <strong>de</strong> esquemas gerais <strong>de</strong> raciocínio, análise,<br />

argumentação e cisão. A escola só po<strong>de</strong> preparar para a<br />

diversida<strong>de</strong> do mundo trabalhando-o explicitamente, aliando<br />

conhecimentos e savoir-faire a propósito <strong>de</strong> múltiplas situações<br />

da vida <strong>de</strong> todos os dias (PERRENOUD, 1999, p. 75).<br />

Com o paradigma inclusivo, as certezas, a maneira correta <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r e<br />

as “receitas” vão ce<strong>de</strong>ndo lugar à incerteza, aos dilemas, às diferenças e à<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> soluções singulares. Nesse cenário, os professores se <strong>de</strong>param<br />

com um impasse, cuja formação, provavelmente, não lhe <strong>de</strong>u condições <strong>de</strong><br />

antever. Nesse contexto, o professor, confrontado com o seu “não saber”, terá<br />

que apren<strong>de</strong>r a conviver com sentimentos conflitantes e paradoxais, ao mesmo<br />

tempo em que <strong>de</strong>verá estar aberto, disposto a rever suas idéias e mo<strong>de</strong>los<br />

educativos tradicionais. O professor, assim, precisa <strong>ser</strong> capaz <strong>de</strong> “apren<strong>de</strong>r com<br />

a <strong>experiência</strong> profissional, numa perspectiva <strong>de</strong> auto<strong>de</strong>scoberta do estilo e das<br />

qualida<strong>de</strong>s pessoais que po<strong>de</strong>m <strong>ser</strong> aproveitadas na prática profissional”<br />

(JESUS, 2001, p. 17).<br />

7 Perrenoud afirma que não existe uma <strong>de</strong>finição clara e partilhada das competências, pois é uma<br />

palavra com muitos significados. Consi<strong>de</strong>ra-as como “aquisições, aprendizados construídos, e não<br />

virtualida<strong>de</strong>s da espécie” (1999, p. 21).<br />

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