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A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

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explicitar e aproximar os saberes e interesses das pessoas comuns e dos oprimidos,<br />

em torno de demandas e objetivos político-educativos (GONÇALVES, 2002,<br />

p.117).<br />

Portanto, tudo isto explicitado até agora é uma indicação de caminhos que podem nos<br />

levar a reflexões acerca da Educação Popular, mas sem fechá-la em “meia dúzia de palavras”<br />

que a limitariam a uma conceituação única, encaixotada!<br />

2.2 A Pedagogia Dialógica apresentada por Freire – o diálogo na comunicação<br />

Parece-nos necessário discorrer sobre algumas concepções em torno do termo<br />

comunicação. Em seguida, trataremos do diálogo e da Pedagogia Dialógica.<br />

Para Mattelart (1999), a noção de comunicação recobre hoje uma multiplicidade de<br />

significados ou sentidos. Busquemos compreender neste momento, algumas concepções<br />

comunicacionais para, em um momento posterior, fazermos a relação com o diálogo.<br />

Ao pensar, por exemplo, uma mensagem comunicada através de um outdoor ou de<br />

uma capa de um determinado livro, pode-se perceber que ela tem por trás a pessoa que<br />

idealizou a mensagem e a que produziu a arte para assim poder chegar a comunicar algo. Há<br />

quem defenda também que a natureza se comunica consigo e com o homem através dos seus<br />

fenômenos e especificidades. Uma planta seca pode estar comunicando que precisa de água;<br />

um cachorro latindo no quintal pode estar querendo comunicar a presença de um estranho, e<br />

assim por diante.<br />

Serão apresentados a partir de agora, tipos e modelos elementares de comunicação,<br />

considerados por alguns autores como clássicos. Para Beltrão (1982, p.93) “o modelo<br />

aristotélico, baseado na oratória, resistiu ao tempo como o mais preciso e sintético”. Neste<br />

tipo de comunicação existem apenas três elementos: o EMISSOR ou COMUNICADOR (a<br />

pessoa que fala – quem); o RECEPTOR (a pessoa que ouve – quem) e a MENSAGEM (o<br />

discurso que pronuncia – que). A partir do momento em que o receptor recebe a mensagem,<br />

este pode até vir a tornar-se emissor, mas normalmente em uma posição de inferioridade. Isso<br />

é característica fortemente presente no “bancarismo”, como veremos mais adiante.<br />

Segundo Beltrão (1982, p.95), um outro modelo comunicacional foi apresentado por<br />

Lasswell, e ampliado por Raymond Nixon, passando a ser descrito assim: QUEM (com que<br />

INTENÇÕES) diz o QUE (em que CANAL) a QUEM (sob que CONDIÇÕES) com QUE<br />

EFEITOS.

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