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A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

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de possibilidade do tipo “eu não posso” são elucidados a partir das seguintes indagações: “ ‘O<br />

que aconteceria se você...?’ ou ‘O que o impede de...?’ ”<br />

Já os operadores modais de necessidade têm ligação com conduta e moral. Estes<br />

operadores são bem parecidos com os de possibilidade.<br />

Os operadores modais de necessidade pressupõem necessidade e são indicados pelo<br />

uso das expressões “deveria” e “não deveria”, “tenho que” e “não tenho que”, “sou<br />

obrigado a” e “não sou obrigado a”. Nelas, há uma regra de conduta que não fica<br />

explicita. Quais são as conseqüências, reais ou imaginárias, de se quebrar essa regra?<br />

Ela vêm à tona com a pergunta: “O que aconteceria se você fizesse, ou não fizesse,<br />

isso? ...descobertas foram feitas através da pergunta “o que aconteceria se...?” se eu<br />

continuasse velejando para o oeste? Se eu pudesse viajar à velocidade da luz? Se eu<br />

permitisse que a penicilina crescesse? (O’CONNOR e SEYMOUR, 1995, p.113)<br />

Desta forma, expressões como “Eu não posso/eu tenho que” podem ser melhor<br />

esclarecidas se for perguntado: “O que aconteceria se você fizesse/não fizesse...?”<br />

Como último padrão de generalização temos os quantificadores universais.<br />

Normalmente percebe-se as generalizações por expressões como “nunca”, “nenhum”, “todo”,<br />

“sempre” e “cada um”. Estas expressões são conhecidas como quantificadores universais por<br />

não admitirem exceções. Em vários casos, as generalizações obstaculizam a boa<br />

comunicação, por tentarem englobar um grande número de fatores em um só. Além disso,<br />

generalizar pode ser inconveniente em alguns momentos que requerem especificações. Os<br />

quantificadores universais são limitadores em muitos casos. Os autores logo acima citados,<br />

oferecem um excelente exemplo. Eles dizem que uma pessoa pode dizer: “Eu nunca faço nada<br />

certo”. Esta afirmação é um uso negativo de uma generalização (quantificação universal). Isto<br />

pode ser questionado através de um contra exemplo: “Já houve um momento em sua vida em que...?”.<br />

As distorções comportam mais quatro padrões de metamodelo. O primeiro é o da<br />

equivalência complexa. Esta descreve afirmações que são consideradas como se tivessem a<br />

mesma significação. Mais uma vez recorreremos a um exemplo fornecido por O’Connor e<br />

Seymour (1995, p. 116): “Se você não olha para mim quando eu estou falando com você,<br />

então não está prestando atenção”. Nesta situação, a pessoa que diz uma frase desse tipo,<br />

certamente, em sua significação, se ela não estiver olhando para a pessoa ela não está<br />

prestando atenção. Daí está havendo uma distorção. Para elucidar melhor uma situação de<br />

equivalência complexa, pode ser perguntado: “De que maneira isto significa aquilo?”<br />

O segundo padrão de metamodelo de distorção é o de pressuposição. Por exemplo, na<br />

pergunta “Por que você não toma medicamentos para engordar?” está se pressupondo que o<br />

receptor da mensagem esteja magro. Assim, neste padrão, uma coisa pressupõe outra.

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