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A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

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processamento e transmissão de informações, a saber/lembrar, visuais auditivos e<br />

cinestésicos.<br />

Ora como explicar para uma pessoa semianalfabeta que existem pessoas cinestésicas?<br />

Temos que nos adaptar a linguagem dela. Primeiramente, não podemos subestimar a<br />

capacidade dela de assimilar um novo termo. Mas por outro lado tudo pode ser mais fácil se<br />

mostrarmos que algumas pessoas entendem melhor as informações que lhes chegam pelos<br />

sentidos específicos, e por isso quando formos falar precisamos às vezes tocar na outra<br />

pessoa, dar exemplos “usando” uma pessoa presente no local ou ainda usando palavras que<br />

sejam comuns a todos, mas que chamem a atenção das pessoas que precisam “sentir” para<br />

entender e apreender.<br />

Semelhantemente devemos considerar e socializar, entre as pessoas envolvidas no<br />

processo de Educação Popular, os saberes que contribuirão para a compreensão da<br />

comunicação das pessoas predominantemente auditivas ou visuais. As palavras adequadas a<br />

cada pessoa devem ser utilizadas.<br />

Estas palavras são exatamente as palavras predicadas. Mas, se compreendermos ser<br />

mais propício ao grupo, poderemos substituir essa expressão por outra quando formos<br />

socializar este conceito de palavras predicadas. Isso pode até ajudar a evitar confusão com os<br />

“predicados” trazidos na disciplina de língua portuguesa pela nossa gramática, pelo menos<br />

para os que tiveram acesso ao estudo gramatical.<br />

Um outro recurso que queremos retomar é o do “espelhamento”, que pode ser<br />

utilizado nesta relação.<br />

Podemos espelhar o vocabulário, sem necessariamente falar “errado”; espelhar a<br />

velocidade da fala da outra pessoa respeitando assim o sotaque, mas sem perder a nossa<br />

identidade; a postura física dos nossos interlocutores podem ser espelhadas; podemos sentar<br />

nos mesmos tipos de cadeiras, e usar roupas não muito diferentes das que são usadas pelas<br />

pessoas com quem estamos interagindo. Isso também deve ser socializado com cada pessoa<br />

envolvida no processo educacional.<br />

É preciso, enquanto educadores e educadoras, sermos amigos dos educandos,<br />

compreendendo-os e quebrando as formalidades que impostas se tornam barreiras. Alguns<br />

professores sequer se sentam debaixo de uma árvore com os seus alunos para comer uma fruta<br />

ou ainda lanchar e conversar em uma praça. Precisamos empatizar e proporcionar para nossos<br />

educandos situações e conhecimentos necessários para que eles também ajam de forma<br />

empática, para conosco e para com as demais pessoas da comunidade escolar.<br />

Conhecer também acerca das mensagens que os indivíduos expressam através do olhar

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