A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...
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intenção aqui é chamar a atenção para o contexto no qual se dá a comunicação. A ação ou<br />
reação de uma pessoa interfere na comunicação de outra. Segundo O’connor e Seymour<br />
(1995), a mente consciente só consegue captar um pequeno segmento da íntegra<br />
comunicacional, ou seja, por si só a mente consciente é bastante limitada. Daí a importância<br />
da aprendizagem de mecanismos inconscientes que estão por trás da comunicação, e isto em<br />
sua sistemática.<br />
Essa forma de pensar meio que cibernética, direciona para uma aplicação direta aos<br />
relacionamentos, no sentido de que uma simples mudança de uma das pessoas envolvidas,<br />
gera mudança no comportamento das outras e conseqüentemente afeta o relacionamento. Em<br />
muitos casos, para mudar um relacionamento ou o comportamento de uma pessoa, é preciso<br />
que se mude a si próprio primeiro.<br />
As crenças interferem significativamente na forma pela qual as pessoas se comunicam<br />
consigo e conseqüentemente com os outros. Elas funcionam como filtros perceptivos:<br />
interpreta o mundo a partir das crenças, e estas em reciprocidade reforçam os<br />
comportamentos. Contudo segundo O’Connor e Seymour (1995, p.99) “apesar de muito<br />
eficientes, filtros perceptivos muitos estreitos podem impedir que se tenha boas experiências,<br />
mesmo quando rodeados de possibilidades interessantes, porque elas não são percebidas”.<br />
Nesta perspectiva, a linguagem é fundamental na compreensão do mundo e expressão das<br />
crenças de cada indivíduo, afinal o mundo é um sistema, assim como cada ser humano.<br />
A linguagem é extremamente importante na comunicação humana. A compreensão das<br />
coisas, das pessoas e do mundo dar-se através da linguagem a qual é apreendida<br />
cumulativamente, e interfere no aprendizado cumulativo das demais coisas que um indivíduo<br />
internaliza durante a vida.<br />
Dentro desta linguagem, afirma-se que as palavras têm o poder de evocar imagens,<br />
sons e sentimentos. Os sentimentos geram comportamentos. Os pensamentos geram<br />
sentimentos. E ações comunicativas dotadas de palavras ou imagens geram pensamentos.<br />
Assim determina-se a seguinte seqüência: palavras ou imagens geram pensamentos que geram<br />
sentimentos que geram comportamento.<br />
Daí decorre que para ser despertado em alguém determinado comportamento, pode-se<br />
fazer uso (perguntando a si mesmo) da seguinte seqüência de perguntas: “Qual o<br />
comportamento que pretendo que a outra pessoa efetue?” Para que esta pessoa se comporte<br />
desta forma, “o que é que ela precisa pensar?” Para que ela pense isto, “que palavras, gestos<br />
ou imagens precisará ver ou escutar?”<br />
As respostas dadas a tais perguntas podem fornecer um caminho para que se consiga