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A PEDAGOGIA DIALÓGICA DE PAULO FREIRE E AS ...

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O fato de me perceber no mundo, com o mundo e com os outros me põe numa<br />

posição em face do mundo que não é de quem nada tem a ver com ele. Afinal,<br />

minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas a de quem nele se<br />

insere. É a posição de quem luta para não ser objeto, mas sujeito também da história<br />

(<strong>FREIRE</strong>, 1996, p.54).<br />

Da mesma forma, como não podemos estar no mundo de forma neutra, também não<br />

podemos estar com o mundo e com os outros numa situação de neutralidade. “Ninguém pode<br />

estar no mundo, com o mundo e com os outros de forma neutra” (<strong>FREIRE</strong>, 1996, p.77). É<br />

preciso que usemos as nossas capacidades e conhecimentos para atuarmos de forma<br />

transformadora, influenciando também, ao invés de sermos apenas influenciados ou levados<br />

por qualquer um ou qualquer situação.<br />

Nesta vivência com o outro e com o mundo no mundo, temos que considerar as<br />

individualidades e a coletividade. Assim, na proposta de EP trabalha-se considerando estas<br />

questões. Na PNL não é diferente, pois no momento em que se pensa no outro, no próximo,<br />

considera-se o meio ambiente de maneira mais geral. Trata-se do princípio ecológico, do qual<br />

já discorremos anteriormente e ainda voltaremos a contemplar.<br />

Pensar a respeito de pessoas e de meio-ambiente é pensar também sistema. No<br />

contexto popular da educação necessitamos ter em mente o coletivo, é o “juntos” na<br />

emancipação e na educação.<br />

Uma alteração em qualquer subsistema afeta todo o sistema do qual este faz parte.<br />

Neste sentido deve-se pensar ecologicamente, pois na relação comunicacional no âmbito da<br />

educação, uma palavra, um gesto ou uma não-palavra (no sentido da repressão silenciadora)<br />

pode afetar um indivíduo e junto com ele todo o contexto no qual está inserido. Todo ato<br />

comunicativo deve ser cautelosamente pensado e avaliado, no intuito de afetar o sistema<br />

positivamente na busca do que de fato se quer.<br />

Pensar aquilo que se quer é fundamental, pois sabendo o que se almeja pode-se traçar<br />

estratégias para conseguir. Isto inclui as estratégias no tocante a otimização da comunicação e<br />

do diálogo, dentre outras aspirações.<br />

Usando os recursos comunicacionais apresentados pela PNL, sobre os quais já<br />

discorremos, enquanto aplicação prática na proposta popular de educação trazida por Freire, é<br />

possível observarmos se estamos atingindo os objetivos e verificarmos que mudanças são<br />

necessárias no referido ato comunicativo até que se consiga o que se quer, ser entendido e se<br />

possível aceito ou ao menos respeitado.

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